PSD realça a diferença entre a solução para o BES e as do passado

4 de agosto de 2014
PSD

O Partido Social Democrata, através de Marco António Costa,
deixou elogios à solução encontrada pelo Banco de Portugal para
"salvar" o Banco Espírito Santo através da criação de duas novas
instituições: o Novo Banco, com os activos bons e depósitos; o banco mau, com
os activos tóxicos como dívidas ao GES. Uma opção que, diz, é distinta das
anteriores.

"Há uma diferença entre esta solução e as do passado.
No passado, era o dinheiro directo dos portugueses que era injectado",
referiu hoje o Vice-Presidente Coordenador do PSD.

"A solução encontrada pelo conselho de administração do
Banco de Portugal, sendo inovadora, é aquela que evita o recurso a soluções do
passado, que não se relembram como as melhores para o interesse nacional",
continuou Marco António Costa. Nos últimos anos, o BPN foi nacionalizado no
Governo de José Sócrates, com uma factura que ainda não se conhece mas que se
encontra na casa dos milhares de milhões de euros, mas também a Caixa Geral de
Depósitos, BCP, BPI e Banif receberam injecções de capital, já no Executivo
liderado por Pedro Passos Coelho.

A forma encontrada para criar o Novo Banco – e passar os
activos problemáticos para uma outra instituição – "protege as dezenas de
milhares de empresários em nome individual, micro e pequenas e médias empresas,
que dependiam do apoio do então BES", afirmou Marco António Costa,
acrescentando que os dirigentes sindicais expressaram "compreensão"
pelo modelo definido.

"Terminou o tempo do Banco de Portugal. A partir daqui,
é óbvio que se abre o tempo para o debate político – e o Governo tem todo o
interesse em prestar todas as explicações e informações, no âmbito da comissão
permanente da Assembleia da República", respondeu o porta-voz dos
social-democratas, depois de o Partido Socialista ter pedido explicações
"com carácter de urgência" por parte da ministra das Finanças.

"Da parte do PSD, não colocaremos nenhum óbice a que
haja uma reunião para produzir esse debate, que poderá ajudar a manter o clima
que hoje se revela de confiança e serenidade".