Francisco Sá Carneiro e Francisco Pinto Balsemão aceitam integrar as listas da União Nacional. Começam a bater-se pela democratização política da sociedade segundo o modelo ocidental, pela resolução da guerra colonial e por um projeto de revisão constitucional que consagrasse liberdades, direitos e garantias individuais.
O Movimento das Forças Armadas põe fim a quase meio século de autoritarismo. O regime é deposto e o poder passa a ser exercido pela Junta de Salvação Nacional. Portugal inicia o processo de transição democrática.
Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota apresentam aos portugueses os estatutos do PPD, um Partido de centro-esquerda, de cariz social-democrata, com base nos princípios da Liberdade, Igualdade e Solidariedade.
É criado em São Miguel o Partido Popular Democrático Açoriano (PPD-A). João Bosco Mota Amaral é eleito o seu primeiro líder.
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Nasce a Juventude Social-Democrata (JSD) por iniciativa de 30 jovens que haviam formado o Núcleo de Jovens do PPD no início do mês.
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São realizadas inúmeras sessões de esclarecimento do PPD por todo o País, acompanhadas pela abertura de várias sedes locais do Partido. No dia 21, são conhecidos os dirigentes nacionais. Francisco Sá Carneiro assume o cargo de Secretário-Geral.
É lançado o jornal do Partido, o semanário Povo Livre. O primeiro diretor é Manuel Alegria que assina também o primeiro editorial. A primeira página é dedicada a uma longa entrevista com Francisco Sá Carneiro: “Nunca nos servimos do governo para fazer política partidária.”
É fundado o Partido Popular Democrático na Madeira (PPD-M). Jaime Ornelas Camacho é o líder e será o primeiro Presidente do Governo Regional, nomeado em 1976.
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Tem lugar o primeiro grande comício nacional do PPD, cerca de cinco meses depois da sua fundação. Carlos Mota Pinto profere aquela que será uma das frases emblemáticas do Partido: "hoje somos muitos, amanhã seremos milhões".
Após rumores de uma alegada mobilização armada contra António de Spínola, elementos das forças armadas apoiantes do antigo Presidente tentam um golpe de Estado que fracassa. O general Spínola parte para Espanha e depois para o Brasil. Tem início o período designado como Processo Revolucionário em Curso (PREC).
O PPD é o segundo partido mais votado com 26,39% dos votos, garantindo a eleição de 81 deputados para a Assembleia Constituinte.
Alguns dias depois de um sequestro dos deputados à Assembleia Constituinte, forças militares e civis de inspiração marxista-leninista desencadeiam um golpe e colocam Portugal à beira de uma guerra civil, sofrendo uma derrota completa. No rescaldo da tentativa de golpe, o PPD exige a saída do PCP do VI Governo Provisório, acusando os comunistas de tentarem impor em Portugal uma ditadura marxista. Os sociais-democratas reafirmam peremptoriamente que a sua luta pela democracia plena é contrária a toda e qualquer forma de regime ditatorial.
É aprovado o texto da Constituição da República Portuguesa que consagra a democracia e os princípios pelos quais se bateram os fundadores do PPD.
É eleito o I Governo Constitucional. O PPD elege 73 deputados e o PS vence o escrutínio.
Realizam-se as primeiras eleições legislativas nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, criadas pela Constituição conforme projecto liderado pelo PPD. Os sociais-democratas vencem ambas as eleições com maioria absoluta.
O Conselho Nacional reúne-se no Hotel Estoril Sol e inicia o processo de mudança do nome de Partido Popular Democrático (PPD), sugerido por Rúben A. Leitão, para Partido Social-Democrata (PPD/PSD).
No final do ano, os portugueses votam livremente para escolher o poder local. O PPD é o segundo Partido mais votado e consegue 25,71% dos votos. Ao PS cabem 35,02%, a FEPU alcança 19,04%, e o CDS obtém 17,24%.
Goradas as tentativas de negociação com o Partido Socialista, o PSD, o CDS e o PPM concluem com sucesso um compromisso pré-eleitoral histórico com o objectivo de alcançar "um novo poder político democrático". No Largo do Caldas, pelas 10h00, nasce a Aliança Democrática, que fará da revisão da Constituição de 1976 uma das suas bandeiras.
Realizam-se eleições intercalares para a Assembleia da República e a Aliança Democrática vence com 42,52% dos votos. Elege 121 deputados. Segue-se a FRS, integrando o PS e o ASDI, com 27,33%, a APU com 18,8% e a UDP com 2,18%.
Despenha-se em Camarate o avião em que viajavam para o Porto o Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, o chefe de gabinete do Primeiro-Ministro, António Patrício Gouveia, e restante comitiva. No último tempo de antena gravado antes da tragédia, e que não chegou a ser emitido, Sá Carneiro reafirma a defesa do princípio “um Governo, uma Maioria, um Presidente”.
Toma posse o VII Governo. Francisco Pinto Balsemão assume uma agenda reformista que ficará marcada com a aprovação da histórica revisão constitucional de 1982.
Toma posse o IX Governo liderado por Mário Soares e com Mota Pinto como vice-primeiro-ministro. Das eleições legislativas resulta o Bloco Central por via da coligação pós-eleitoral PS e PSD. A governação fica marcada pela austeridade decorrente do pedido de ajuda ao FMI.
Em nome de Portugal, Rui Machete, líder do PSD e vice-primeiro-ministro, assina com Mário Soares, Jaime Gama e Êrnani Lopes o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE). A bem sucedida adesão confirma a conclusão das negociações realizadas durante os governos liderados pela AD. Espanha adere na mesma data.
As eleições legislativas dão a vitória ao PSD liderado por Cavaco Silva. O caminho de crescimento sustentado junto do eleitorado levará à conquista de duas maiorias absolutas históricas nos atos eleitorais subsequentes.
Portugal entra oficialmente na Comunidade Económica Europeia.
Realizam-se eleições legislativas depois de Mário Soares dissolver a Assembleia na sequência de uma moção de censura apoiada pelo PS. Os eleitores reconhecem o trabalho do Governo liderado por Cavaco Silva e atribuem a primeira maioria absoluta a um Partido: o PSD vence com 50,22% dos votos. No mesmo dia, elegem-se pela primeira vez os deputados para o Parlamento Europeu: 10 para o PSD, 6 para o PS, 3 para a CDU, 1 para o PRD e 1 para o CDS.
Na Alemanha, o Muro de Berlim cai e inicia-se o processo de reunificação das Repúblicas Democrática e Federal. O PSD associa-se ao momento histórico.
Cavaco Silva consegue uma nova maioria absoluta quando garante 50,6% dos votos, aumentando assim o resultado de 1987. É a primeira vez na História de Portugal que um Partido consegue renovar a maioria absoluta nas eleições nacionais.
Dez anos depois do seu início, chega ao fim um ciclo político: o PS é o partido mais votado com 43,76% nas eleições legislativas. O PSD alcança 34,12% dos votos.
Com 159 câmaras conquistadas, o PSD vence as principais autarquias e reassume o papel de maior partido do poder local. No dia seguinte, o Primeiro-Ministro socialista, António Guterres, apresenta a renúncia ao cargo e garante que não se recandidata. Década e meia depois, adivinha-se o regresso de legislativas antecipadas.
Após a adesão de Portugal à Zona Euro dá-se um novo passo na União Económica da Europa: a nova moeda começa a circular e vai substituindo o Escudo.
Seis anos e meio depois, inverte-se o ciclo político: com 40,21% dos votos, Durão Barroso é eleito Primeiro-Ministro. O PSD forma governo com o CDS-PP. O mandato ficará marcado pela redução do défice público na sequência do processo por défice excessivo instaurado pela União Europeia.
Organizada pela JSD, PSD e Instituto Francisco Sá Carneiro, tem lugar a primeira edição da Universidade de Verão, em Castelo de Vide, sob a direção de Carlos Coelho. O evento reúne jovens quadros políticos que recebem formação transversal e debatem questões de atualidade.
Com a saída de Durão Barroso para a Comissão Europeia, o Conselho Nacional do PSD deposita em Pedro Santana Lopes a liderança do Partido. A 11 de julho, o PSD indica Santana Lopes como Primeiro-Ministro que se compromete a seguir o programa do governo de Durão Barroso.
O Primeiro-Ministro anuncia aos portugueses que o governo socialista pediu ajuda financeira internacional. A 5 de maio, Portugal assinará com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional o programa de resgate.
O PSD liderado por Pedro Passos Coelho ganha as eleições legislativas com 38,66%, contra os 28,05% do PS. Sem maioria absoluta, o líder social-democrata convida o CDS para formar governo.
Portugal sai do programa de resgate na sequência do sucesso do regresso aos mercados. O Executivo de Passos Coelho decide não recorrer a qualquer programa cautelar de crédito. A confiança garantida pela saída “limpa” e pela consolidação orçamental, será reforçada mais tarde com a decisão de prescindir da última tranche do empréstimo da Troika.
O PPD/PSD e o CDS-PP assinaram um compromisso para formar uma aliança para as eleições legislativas de 2015, com a assinatura de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas no dia 16 de maio como ato fundador da coligação, a mesma é formalmente registada a 20 de julho de 2015 com o nome de Portugal à Frente.
A coligação PSD e CDS/PP ganha as eleições legislativas e forma um governo sem maioria parlamentar. Passado um mês, o PS de António Costa, forma um governo com o suporte parlamentar do Bloco de Esquerda, PCP e PEV, e o PSD passa para a oposição.
Na sequência do chumbo do orçamento, o primeiro na história da Terceira República, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou eleições para o dia 30 de janeiro de 2022. As eleições legislativas de 2022 formaram a XV Legislatura da Assembleia da República e foram ganhas pelo PS, com maioria absoluta.
A Aliança Democrática vence as eleições legislativas de 10 de março de 2024. Luís Montenegro é chamado a formar o XXIV Governo Constitucional, toma posse como Primeiro-ministro de Portugal no dia 2 de abril de 2024.