Eurostat confirma crescimento de Portugal

4 de dezembro de 2013
PSD

Crescimento na Zona Euro (3.º trimestre de 2013)

 

Segundo dados do Eurostat divulgados hoje:

• A Zona Euro cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano;

• Estes dados confirmam que a zona euro saiu oficialmente da maior recessão da sua história de pouco mais de uma década ;

• A contribuir para este crescimento esteve: o aumento do investimento em 0,4%; as exportações que subiram 0,2%; o consumo privado também subiu 0,1%, mas teve uma contribuição nula para a expansão económica.

• O valor deste trimestre compara com o crescimento de 0,3% em cadeia do segundo trimestre deste ano, o que revela uma desaceleração na economia.

• Alemanha, Portugal e Eslováquia observaram travagens no crescimento do PIB, contribuindo para este comportamento. E a França voltou a contrair.

• Ainda assim, Portugal registou a quinta maior subida do PIB entre os membros do euro.

 

Em termos homólogos, o Produto Interno Bruto (PIB) da região continua a registar valores negativos, embora menos acentuados: caiu 0,4% face ao terceiro trimestre do ano passado, quando nos dois trimestres anteriores as quedas homólogas foram de 0,6% (segundo trimestre) e de 1,2% (primeiro trimestre), de acordo com as segundas estimativas de Bruxelas.

As previsões da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) apontam para que, este ano, a Zona Euro registe uma contracção de 0,4%.

Já a União Europeia verificou um crescimento económico de 0,2%, em cadeia, e de 0,1% em termos homólogos.

Com o desemprego em máximos históricos (12,2%), estes dados reforçam a ideia de que a retoma da economia da zona euro é ainda frágil. Sobretudo porque França e Itália, as segunda e terceira maiores economias da região sofreram quedas no produto no terceiro trimestre, enquanto a Alemanha, o motor da economia do euro, está em desaceleração.

Relativamente a Portugal, os dados do Eurostat confirmam o crescimento de 0,2% do PIB nacional face ao segundo trimestre, que permite abandonar a recessão. Foi a quinta maior subida do PIB entre os membros do euro. Em termos homólogos, a economia continua a contrair (-1%).

 

Causas do comportamento

As causas do abrandamento económico da Zona Euro:

• O crescimento do consumo das famílias abrandou no terceiro trimestre do ano (+0.1% na variação trimestral);

• Também abrandaram as exportações dos países que partilham o euro (+0.2% na variação trimestral – no 2º trimestre tinham subido 2.1%);

• Importações abrandaram crescimento (aumento de 1%, o que compara com o aumento de 1,6% verificado no segundo trimestre do ano).

 

Causas do desempenho positivo (e saída da recessão técnica)

• O investimento privado e público, que registaram uma recuperação (o investimento público aumentou +0.2%, maior do que no trimestre anterior, em que tinha estabilizado). O investimento privado cresceu 0.4% (0.2% no trimestre anterior).

 

Estes dados são idênticos aos dados preliminares apresentados a 14 de Novembro. Continuam, no entanto, por conhecer, os dados da Irlanda, Grécia, Luxemburgo e Malta referentes ao terceiro trimestre do ano.

 

Desempenho dos Países

Alemanha - A economia alemã cresceu 0,3% em cadeia, o que corresponde a um abrandamento face ao crescimento de 0,7% observado nos três meses anteriores.

França - voltou a contrair 0,1%, depois de ter conseguido sair da recessão técnica no segundo trimestre do ano.

 

Portugal - também passou de um crescimento em cadeia de 1,1%, no segundo trimestre, para um crescimento de 0,2% nos três meses terminados em Setembro.

 

Eslováquia - O quarto país a registar um abrandamento, viu o aumento do PIB passar de 0,3%, no segundo trimestre, para 0,2%, no terceiro trimestre.

 

Itália - Em contracção, mas com uma leitura melhor, com o seu PIB a encolher 0,1% no terceiro trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, período em que contraiu 0,3%.

 

Chipre - Continua em recessão, ao verificar uma contracção de 0,8% no último trimestre. Ainda assim, com uma quebra menos acentuada, já que nos três meses terminados em Junho tinha registado uma contracção de 1,8%.

 

Os países da Zona Euro que maior crescimento em cadeia observaram foram a Finlândia e a Estónia, ambos com uma expansão de 0,4%. Na União Europeia foi a Roménia, ao registar um crescimento de 1,6%.

 

Para mais informações, consulte o relatório em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/2-04122013-BP/EN/2-04122013-BP-EN.PDF