PSD DENUNCIA: SNS está à beira do colapso

25 de janeiro de 2018
PSD

O Governo está a privar as pessoas dum direito fundamental: o acesso à Saúde. Em Évora, o Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo está sem enfermeiros. Em Maiorca, Figueira da Foz, a extensão de saúde local corre o risco o encerrar. No distrito de Santarém, há relatos preocupantes do funcionamento de hospitais e de centros de saúde. Em Vila Real, os tempos de espera para consultas da especialidade ultrapassam os quatro anos. Os deputados do PSD exigem, para todos estes casos, medidas urgentes do ministro da Saúde que revertam o estado calamitoso para que caminha o SNS.

 

Évora: Serviço de Oncologia sem enfermeiros

O Serviço de Oncologia do Hospital do Espirito Santo de Évora (HESE) está sem corpo de enfermagem desde o dia 18 de janeiro. Uma situação que se vem repetindo naquela unidade, a que se junta a falta de enfermeiros no serviço de Obstetrícia/Ginecologia. O hospital esteve também sem ortopedista e os doentes estão a ser transferidos para centros hospitalares da região. O PSD quer saber se já foram tomadas medidas para corrigir estas graves lacunas no Hospital do Espirito Santo.

 

Figueira da Foz: Extensão de Saúde de Maiorca pode ser encerrada

Em Maiorca, concelho da Figueira da Foz, o ano começou com um comunicado afixado na unidade de saúde e na Junta de Freguesia de Maiorca: a extensão de saúde corre o risco de ser encerrada. O Ministério da Saúde continua a mostrar-se “insensível aos prejuízos que irão causar às populações, principalmente às mais envelhecidas e às mais carenciadas”, com a confirmação deste cenário.

 

Santarém: Faltam recursos técnicos

As últimas semanas têm sido ainda marcadas por relatos preocupantes sobre a situação dos hospitais, mas também dos centros de saúde do distrito de Santarém. Os deputados do PSD alertam para a “escassez de recursos técnicos”. “É pouco compreensível para a população, e ainda menos para os utentes, que sabendo da escassez de médicos especialistas no SNS o Ministério da Saúde tenha atrasado tanto o lançamento dos respetivos procedimentos para concursos para os 710 médicos especialistas que terminaram a sua formação em 2017”, denunciam os deputados. O concurso de recrutamento de novos clínicos ainda não avançou, não obstante 710 jovens médicos terem terminado a fase da especialidade em 2017.

O PSD considera incompreensível que o Governo tenha demorado tanto tempo a ativar as medidas previstas no plano de contingência, em particular o reforço de pessoal.

Os deputados registam com muita preocupação as denúncias de familiares, doentes e funcionários sobre o caos instalado nos corredores dos hospitais e uma tendência cada vez mais frequente de “esconder” os doentes que estão nos corredores sempre que há visitas de governantes. O Governo já não consegue esconder a realidade da falta de recursos no SNS, “escondida da opinião pública graças à conivência de alguns partidos, sindicatos e comissões de utentes”.

 

Vila Real: Tempos de espera “absolutamente inadmissíveis

Em Vila Real, os tempos de espera para consultas no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que agrega ainda os hospitais de Chaves e Lamego, são “absolutamente inadmissíveis”. Ultrapassam os quatro anos em Urologia, na unidade de Vila Real. Para uma consulta de oftalmologia, em Chaves, o utente espera 1.038 dias e ainda 933 dias para reumatologia, e 771 dias para angiologia, em Vila Real.

Esta é uma situação absolutamente inaceitável e que responsabiliza o Governo, bem como os partidos políticos que o apoiam, tanto mais que, há já dois anos, o ministro da Saúde se comprometeu publicamente, perante a Assembleia da República, em reduzir substancialmente os tempos de resposta nas consultas hospitalares”, assinalam os deputados.

O PSD exige, assim, que o Governo “adote, sem mais demora, as medidas que se impõem para inverter esta crescente degradação das condições de acesso dos doentes aos cuidados de saúde no sistema público”.