Valorização do conhecimento: Portugal tem de assumir posição visionária

24 de janeiro de 2018
PSD

Portugal pode contar com o PSD para construir o futuro, pena é que não esteja a poder contar com este Governo”, destacou Margarida Mano, esta quarta-feira no Parlamento. Lembrou que os social-democratas apresentaram seis iniciativas legislativas sobre “Conhecimento e Criação de Valor” e estão, até ao final do mês, a realizar um roteiro por instituições de ensino superior, instituições de interface, entidades públicas e empresas. “Infelizmente, o contacto direto com os atores do desenvolvimento revela e confirma a ausência de uma ação governativa orientada para o sucesso da valorização do conhecimento, quer ao nível da Ciência e do Ensino Superior, quer ao nível do Parlamento ou da Economia”, partilhou.

A social-democrata denunciou, assim, o desinvestimento no Ensino Superior e na Ciência; a não disponibilização, em 2017, de verbas às instituições; a não transferência, por parte da FCT, das verbas do emprego científico; o “excessivo centralismo na gestão de fundos”; a “preocupante não adesão do discurso do Governo à realidade, concretizada, por exemplo, no anúncio de apoios não sentidos no terreno pelas empresas e entidades de interface”.

O PSD não se acomoda e sabe que, para assegurar o desenvolvimento do País, é absolutamente essencial cimentar a nossa posição cimeira em matérias científicas, tecnológicas e de justiça social”, assegurou. “As grandes transformações que advêm da evolução do conhecimento são um desafio incontornável e representam uma oportunidade para países como Portugal que têm talentos e competências que são reconhecidas a nível internacional”, alertou.

Margarida Mano explicou que “ao colocar na agenda parlamentar a valorização do conhecimento, o PSD luta por um modelo de desenvolvimento que, acarinhando o ‘Made in Portugal’, ambiciona o ‘Invented in Portugal’, um modelo de desenvolvimento que, incentivando o fazer em Portugal, quer que Portugal seja visto como um país inteligente no mundo”. Defendeu, assim, que “é da responsabilidade do Governo assegurar que Portugal está preparado e, para que isso aconteça, não basta dizer que vai mobilizar, que vai criar sinergias ou lançar programas”. Denunciou, assim, as cativações e promessas não cumpridas do atual Executivo.

O PSD considera que o Governo não pode desperdiçar o momento”, salientou. “É preciso olhar para este ciclo de forma integrada, desde a investigação fundamental ao desenvolvimento experimental; das necessidades do mercado e da sociedade à criação de novas tecnologias ou soluções”, referiu. “Portugal tem de assumir, relativamente à valorização do conhecimento, uma posição visionária que assegure o futuro geracional, através de claras e sustentáveis vantagens de impacto social e económico e da melhoria de vida das pessoas na sociedade”, acrescentou. “Criar valor a partir do conhecimento significa desenvolvimento para Portugal”, esclareceu.