Rui Rio: “líder socialista quis fabricar um caso político de vitimização para enganar os portugueses”

6 de maio de 2019
PSD

Rui Rio acusa o Primeiro-Ministro de criar “instabilidade gratuita, fugindo às suas responsabilidades com base em argumentos totalmente inexistentes”. O Presidente do PSD considera que “a lamentável encenação” orquestrada por António Costa sobre os professores teve um único objetivo: “perturbar a campanha eleitoral para as eleições europeias, porque [António Costa] tem a plena consciência que ela está a correr bastante mal ao seu partido”.

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Numa declaração à imprensa, este domingo, no Porto, Rui Rio reafirmou que o PSD vai “manter coerentemente as suas posições sem alteração” sobre o diploma dos professores e apresentar em plenário “a inclusão de propostas de salvaguarda financeira”, que o PS rejeitou na Comissão de Educação. “O travão financeiro, que a proposta do PSD contém para evitar o papão da orgia orçamental com que o Governo hipocritamente acena, foi reprovado com os votos irresponsáveis dos deputados do PS. Vamos propor no plenário a inclusão das propostas de salvaguarda que fizemos na comissão e que o PS incoerentemente rejeitou”, declarou.

A “farsa”, a “mentira” e o “ato de desespero” do chefe do Governo, explicou Rui Rio, seguiu os clássicos três atos de uma peça teatral: o Primeiro-Ministro anunciou uma reunião de emergência do designado núcleo duro do Governo; pediu uma reunião de emergência ao Presidente da República; e convocou, também de emergência, a comunicação social para uma comunicação ao País. “Quis fabricar um caso político de vitimização para enganar os portugueses. Um número de ilusionismo eleitoral para atacar o PSD, tentando criar a falsa ideia de que estamos a aprovar medidas que empurrariam o país para uma orgia orçamental”, assinalou. Trata-se, sintetizou Rui Rio, de “um golpe de teatro com pés de barro” e que se estendeu às declarações públicas do ministro das Finanças, que apresentou “números falsos sobre o alegado impacto orçamental” do diploma.

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Rui Rio compara a ameaça de demissão de António Costa ao “golpe interno contra [o ex-secretário-geral do PS] António José Seguro” e em que o “jogador que, estando a perder e sem que ninguém lhe toque, se atira para o chão a ver se engana o árbitro”.

O líder do PSD entende que se “o Governo e o PS estiverem de boa-fé, terão a oportunidade de recuar, votando a favor” das propostas dos deputados social-democratas. Nesse caso, garantiu, “o PSD assumirá no seu programa eleitoral exatamente o mesmo compromisso da proposta feita na Assembleia da República”.

Rui Rio observa ainda que “o PS e o Governo prometeram aos professores a integral contagem do tempo de serviço” e que, a 15 de dezembro, os socialistas aprovaram no Parlamento “o reconhecimento integral dos nove anos, sem qualquer condição ou salvaguarda”. Rui Rio lembra que “o único impacto financeiro real decorrente das alterações” feitas na quinta-feira ao diploma do Governo “é o que decorre da antecipação, em 12 meses, da contagem dos dois anos que o Governo assumiu”.

“Comigo, não pode contar para ser figurante em peças de teatro de má qualidade, nem para ser corredor de velocidade em disputas mediáticas. Comigo, os assuntos de Estado são para tratar com o sentido da responsabilidade que a grandeza de Portugal nos merece. Com a grandeza e o respeito dos seus quase nove séculos de História”, concluiu Rui Rio.

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