Rui Rio: Governo prefere esconder “degradação dos serviços públicos”

11 de setembro de 2018
PSD

Rui Rio voltou a criticar o Governo por causa da degradação dos cuidados de saúde no sistema público. “Não me admirava que aquilo que aconteceu no Hospital de Vila Nova de Gaia pudesse acontecer noutros hospitais”, afirmou esta terça-feira, o Presidente do PSD.
Rui Rio lamenta, ainda, o alarme social e a instabilidade criadas pelo ministro da Defesa ao não saber lidar com o caso do furto militar de Tancos. O líder do PSD espera uma acusação formal do Ministério Público, para que sejam apuradas responsabilidades concretas sobre este episódio que fragiliza a instituição militar e deixa preocupado os cidadãos com as questões de segurança. “No plano político, já não há mais nada a esperar. Não são capazes. E no plano judicial, não se pode arrastar”, insistiu.
Tanto na defesa e segurança interna como noutras áreas que requerem ação imediata do Estado, Rui Rio assinala a completa ausência de rumo do Governo. “Ou atuamos sobre os problemas de forma estrutural ou, se não o fazemos, não teremos margem de manobra nenhuma, a não ser marketing”, declarou. Rui Rio censura o Governo por se limitar a anunciar verbas, “uns milhões aqui e acolá” e a fazer “habilidades de marketing” que tentam esconder “a degradação dos serviços públicos”.
Num comentário à taxa especial proposta pelo BE referente aos negócios no setor imobiliário, Rui Rio alerta que compete ao Estado, por vezes, “intervir para ajudar a regular o mercado, que segundo as teses liberais ajusta tudo, mas com custos sociais brutais”. “Não estou a dizer que sou favorável, mas não rejeito liminarmente, não é uma ideia tão disparatada, nem eu posso dizer que a ideia é disparatada porque vem da esquerda e se viesse da direita era menos disparatada. Não é assim que oriento os meus pensamentos”, acrescentou.
Rui Rio compara os negócios com o imobiliário com o que se passa com as transações da bolsa de valores, onde o imposto que taxa as mais-valias é diferente consoante se tenha as ações durante um ano ou durante dois dias. “Se passar a lógica da bolsa para o imobiliário é óbvio que vale a pensa pensar nisso. Ou seja, o mercado ajusta tudo, isso é verdade, mas ajusta tudo com preços sociais brutais muitas vezes”, explicou.
Rui Rio recebeu esta terça-feira, no Porto, a Ordem dos Psicólogos, para se inteirar das principais preocupações da classe profissional.