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Rui Rio considera que se a atuação do Banco de Portugal tivesse sido “mais independente” do sistema, Portugal teria evitado alguns problemas financeiros. Num almoço-debate da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, esta terça-feira, em Lisboa, o Presidente do PSD fez uma exposição centrada nas prioridades do programa eleitoral do PSD, nomeadamente na economia, no ambiente, na saúde e nas reformas estruturais.
Na fase das perguntas dos convidados, Rui Rio assinalou que se o regulador central português “tivesse estado atento, se tivesse intervindo, se tivesse sido mais independente do próprio sistema, nunca teríamos chegado à situação que chegámos nos mais diversos bancos, para não falar só no BES”. “Tinha de ter muita prudência (…) sob pena de enganar as pessoas, como enganou muitas, que perderam ainda mais dinheiro”, afirmou, justificando o seu olhar “muito crítico” sobre a ação do BdP.
Nesta iniciativa que juntou dezenas de empresários, Rui Rio defendeu que para alcançar “melhores empregos e melhores salários”, o próximo governo deve “fazer o contrário” do que aconteceu nos últimos quatro anos com o executivo PS, que, apoiado numa maioria de esquerda, optou por estimular o consumo privado, relegando para segundo plano a capacidade exportadora das empresas.
Sobre as reformas estruturais, o líder social-democrata insiste que estas têm de ser feitas “num consenso o mais alargado possível”. “Se queremos efetivamente mudar o sistema político ou reformar a justiça não há nenhum partido, nem que tenha maioria absoluta, que um dia o consiga fazer”, apontou, garantindo que o PSD irá sempre “liderar” este movimento a favor de reformas, após as eleições legislativas.