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Luís Montenegro considera que a “nação está em transformação, vive com confiança” e o XXIV Governo vai continuar a executar “o programa de mudança”.
Na intervenção de abertura do debate do Estado da Nação, esta quarta-feira, no Parlamento, o Primeiro-Ministro afirmou que o Governo está a cumprir os compromissos com os portugueses, “por mais que alguns, habituados aos hábitos do passado, vejam muitas palavras, muitas apresentações e a recordar aqueles PowerPoints que eram apresentados todos os anos com palavras diferentes”.
“Palavra dada, palavra honrada”, insistiu, enumerando as medidas do Executivo na habitação, nos apoios sociais aos idosos e jovens, na educação, no combate à burocracia e à corrupção, na segurança, na economia e na aceleração dos fundos europeus.
O chefe do Governo diz que esta transformação é “estratégica, ambiciosa, tranquila e estruturante” e baseia-se “na decisão que o povo português tomou, na política que o povo português apoia e (…) não quer interromper”.
“Esta diferença de cumprir aquilo que se promete e materializar a mudança que os cidadãos quiseram é a marca deste Governo. Foi para isso que viemos. Para fazer uma mudança segura e para fazer a diferença na vida das pessoas”, acrescentou.
Para o Primeiro-Ministro, “é preciso seriedade”. “Uma coisa é fazer oposição. Uma coisa é apresentar ideias e alternativas. Outra coisa é governar no Parlamento contra o programa que se viabilizou no Parlamento”, sublinhou.
Luís Montenegro entende que “as oposições têm um dever de lealdade com os portugueses de nos deixarem governar e não quererem governar em arranjos irresponsáveis e oportunistas no Parlamento”.
Em concreto, o Primeiro-Ministro disse que ver o “Partido Socialista exigir ao Governo fazer em 60 dias o que não fez em 3.050 dias é uma das faces da irresponsabilidade”, “ver o PS exigir mais baixas de impostos, acordos com os professores e as forças de segurança que nunca teve vontade de fazer, abolir portagens que se tinha recusado a reduzir” isto é “exigir ao Governo” o que não fez antes e constitui “um exercício de contorcionismo político”.
Luís Montenegro acusou, por sua vez, o Chega de “birra, imaturidade e oportunismo”, ao juntar-se ao PS, “a outra face da irresponsabilidade”. “O PS não se importou de comer o fruto que dizia proibido. O Chega não se importou de comer o fruto que dizia apodrecido”, apontou.
“A nação está em transformação, a nação tem confiança, a nação tem um programa de Governo que está a ser executado” contrapõe-se à “nação que tem muita confusão na oposição”, concluiu Luís Montenegro.