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As Finanças vão obrigar os hospitais a reduzirem em 35% a contratação de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, uma "austeridade encapotada" que agrava o "apertar do cinto" na Saúde, considera Miguel Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD. Há alguns relatos – transmitidos, já hoje, pela comunicação social – a dar conta de adiamentos de cirurgias e consultas, face aos cortes anunciados.
"Estes cortes de 35% correspondem a um corte impositivo, e vai ter repercussões negativas no acesso à Saúde", afirmou o social-democrata, dando razão ao PSD que, desde há muitos meses, chama a atenção para a degradação do SNS, pela via do endividamento e de cortes cegos na prestação de cuidados de Saúde à população.
Segundo o diploma, os gestores hospitalares que violarem a norma podem ser responsabilizados civil, financeiramente e disciplinarmente.
De acordo com Miguel Santos, "os resultados na área da Saúde têm-se degradado. Todos temos, infelizmente, acompanhado esses resultados com a dívida, mês a mês a crescer, os atrasos de pagamento a acontecerem, a faltarem medicamentos nos hospitais, a faltarem enfermeiros, a venderem dispositivos médicos à consignação".
Mais uma vez, “os portugueses estão perante uma circunstância de poder regressar a um passado que julgávamos ultrapassado e de termos de pagar os erros desta governação ou através do acesso ou através da assunção desses custos".
O desinvestimento na Saúde é, aliás, uma das marcas da atual governação. Desde 2016 que se assiste a uma deterioração do Serviço Nacional de Saúde, verificando-se pagamentos em atraso a fornecedores, o aumento do recurso a prestação de serviços médicos, falta de medicamentos, e casos de desigualdade entre profissionais de saúde.
Foram chumbadas, recentemente pela maioria de esquerda, propostas do PSD que recomendavam ao Governo a política dos anteriores executivos no sentido de gerir, com responsabilidade e investimento, os recursos do Serviço Nacional de Saúde.
