Pedro Passos Coelho: Nem a tragédia de Pedrógão deu sentido de Estado ao primeiro-ministro

27 de agosto de 2017
PSD

“O País arde e a Proteção Civil mostra-se impotente para resolver a situação"

 

Foi este domingo, 27 de agosto, em Ribeira de Pena, Distrito de Vila Real, que Pedro Passos Coelho afirmou que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.

"Nem uma tragédia como a de Pedrógão deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro", afirmou o líder do PSD.

Para Pedro Passos Coelho o discurso de António Costa, na rentrée socialista, "é mais ou menos um clássico". "O primeiro-ministro procura esconder o fracasso da sua governação atacando aqueles que denunciam esse fracasso”.

Em 40 anos de democracia, nunca se assistiu a "um espetáculo" como o que está a acontecer atualmente, em que o "país arde e a Proteção Civil mostra-se impotente para resolver a situação".

"A Proteção Civil depende do Governo. Ao cabo de praticamente dois anos de governação (…) o primeiro-ministro acha que a culpa é da oposição", salientou o Presidente Social-Democrata.

Acrescentou ainda que "ninguém pode levar isto a sério". "Sempre que alguma coisa corre mal, a culpa é da oposição ou do passado, quando as coisas correm bem toda a gente deve favores e elogios ao primeiro-ministro e ao Governo. É uma maneira de estar na política, não é a minha seguramente", sublinhou Pedro Passos Coelho.

O PSD votou contra grande parte do pacote florestal aprovado recentemente porque "não é reforma nenhuma". "O primeiro-ministro fez uma concessão ao Bloco de Esquerda, fazendo uma espécie de proibição administrativa do eucalipto e chamou a isto a reforma da floresta", sustentou o Líder do PSD.

Aliás, frisou, chamar "reforma da floresta àquilo que foi aprovado só pode ser uma caricatura" e considerou que há matérias importantes relacionadas com "o ordenamento da floresta e com o cadastro para as quais o Governo acordou muito tarde".

O Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ainda em declarações aos jornalistas, afirmou que o seu partido apresentou iniciativas no Parlamento ligadas à floresta "muito antes do Governo ter acordado" para este assunto. E, sublinhou, enquanto o PSD queria "discutir o cadastro" o "Governo andava a nomear o novo presidente para a Proteção Civil, um novo comandante das operações nacionais e a nomear comandantes distritais".

"Entretanto, esqueceu-se que o SIRESP, que tantos problemas deu este ano, foi justamente o SIRESP que ele contratou quando era ministro da Administração Interna e até o SIRESP ele utiliza como se fosse uma responsabilidade da oposição", afirmou.