“O Governo não está estruturalmente a fazer o que devia”

8 de março de 2017
PSD

Foi durante o Debate Quinzenal sobre "Crescimento económico e sustentado" que o Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que o PSD não partilha a satisfação que o Governo exibe quando os resultados ficam aquém.

“Não partilhamos a satisfação que o Governo exibe quando os resultados observados ficam aquém daquilo que o Governo prometeu, em matéria de transparência. Infelizmente os resultados, no que diz respeito ao crescimento, ficam aquém daquilo que o Governo se propôs”, referiu.

Durante a sua intervenção, o Líder do PSD acusou o atual executivo de “manifestar regozijo por as coisas afinal não serem piores”, e salienta que o que está acontecer é uma manutenção do rating pelas agências e não a sua melhoria.

“O crescimento desacelerou relativamente ao ano anterior. O investimento contraiu no último trimestre de 2016 e cresceu menos em termos homólogos”, disse Pedro Passos Coelho com base em número divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

"O Governo não está estruturalmente a fazer o que devia", insiste.

Sobre a solução para o crédito malparado da banca nacional, Pedro Passos Coelho questionou o executivo: “Tem mais alguma coisa além do calendário? Anda a falar de uma solução há um ano e fala agora num calendário de reuniões e pergunto o que tem mais para apresentar”. Acrescentando que o executivo “gosta muito de fazer insinuações, mas gosta muito pouco de falar ou discutir materialmente daquilo que é suscitado no Parlamento e fora dele”.

Andaram quatro anos, depois de terem lançado o país para a bancarrota, a lançar insinuações e a fazer comparações entre o que não é comparável. O que é intelectualmente desonesto. E o Senhor repete-o aqui a cada Debate Parlamentar e não pede sequer desculpa por tentarem enlamear as pessoas que estiveram no seu lugar antes do senhor o ter ocupado”, evidenciou.

 

Palavra para defesa de honra: “O primeiro-ministro não perde uma oportunidade de desqualificar os seus adversários”

 

Pedro Passos Coelho, durante o Debate Quinzenal, pediu a palavra para a Defesa de Honra e afirmou: Nunca pensei que tivesse de invocar esta figura regimental nesta câmara”.

O líder do PSD afirma que “há limites para a desonestidade no debate político. Neste parlamento confrontei sempre o primeiro-ministro com resultados de política. Confrontei sempre com as suas próprias promessas. Perguntei sobre as diligências que fazia para atingir resultados que não tinha atingido. Debati sempre com lealdade parlamentar e respeito pessoal e institucional todas as diferenças de política. Desafio o senhor primeiro-ministro alguma vez a mostrar que o tenha insultado.

O PSD considera que, infelizmente, o primeiro-ministro “não perde uma oportunidade de desqualificar os seus adversários” e que “nunca, nem nos tempos de pior memória” se ouviu um “primeiro-ministro ofender tantas pessoas ao mesmo tempo”.