Novo Banco: o que esconde António Costa?

4 de abril de 2017
PSD

Feito na sexta-feira passada, o anúncio da venda (parcial) do Novo Banco ainda não está esclarecido, e são ainda muitas as perguntas a que o Executivo de António Costa não deu resposta. 

 

  • Por que razão não foram vendidos os 100% do banco?

Pedro Passos Coelho já desafiou o Governo e o Fundo de Resolução a explicar o motivo pelo qual apenas foi assegurada a venda de 75% do banco. A mesma pergunta foi repetida ontem por Maria Luís Albuquerque, estando ainda sem resposta. António Costa, confrontado com o assunto, desvia o assunto para a CGD e para o Governo anterior, e afirma que o comprador quis o Estado no banco para o “credibilizar”. 

 

  • Por que razão é que permanece uma situação em que o resto do sistema financeiro fica a suportar aquilo que é, em parte, a atividade de um concorrente numa situação em que já não é um banco de transição?

Ainda sem resposta, não convém esquecer que no Fundo de Resolução está também a CGD. E, tal como Pedro Passos Coelho já afirmou, se o sistema bancário não estiver em condições, no futuro, de colocar mais recursos no Fundo de Resolução, se houver essa necessidade, será o Estado a supri-la, e a desembolsar novos empréstimos.

 

  • Quanto custa a renegociação de António Costa?

António Leitão Amaro, deputado social-democrata, afirmou que “serão centenas de milhões de euros de perda para os contribuintes que é causada por este perdão e por esta renegociação que o Governo fez”, denunciou, depois de o atual Executivo ter revisto as condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, realizado em Agosto de 2014. Por isso mesmo, o PSD já pediu à UTAO a avaliação destes custos.

 

Tal como Pedro Passos Coelho já questionou:

  • Porque é que os outros bancos do Fundo de Resolução estarão nos próximos anos a responder pelo que se vai passar neste banco?
  • O que é que se passou, entre o Governo e o Fundo de Resolução, para que ao fim de todo este tempo o caso não pudesse ter ficado encerrado como devia?
  • Houve negociações paralelas que prejudicaram o processo?
  • Houve da parte do Governo alguma intervenção que prejudicou a venda?