Novo Banco: decisão do Governo lesa os interesses do Estado

5 de abril de 2017
PSD

"O Bloco afirmou que faria tudo por tudo para impedir a venda. A expectativa foi tão alta que se especulou se estaríamos perante uma ameaça de moção de censura ao Governo"

 

Esta quarta-feira, na SIC Notícias, Marco António Costa afirmou que, em relação à venda do Novo Banco (NB) o PSD diferencia-se dos partidos de esquerda.

"Nós não somos o que o Bloco de Esquerda tem sido – de manhã um partido que apoia o Governo e de tarde tenta ser oposição ao Governo que apoia – isso é que nós não conseguimos fazer e sempre tivemos uma atitude de coerência relativamente à nossa posição", destacou o Vice-presidente do PSD em resposta às acusações hoje proferidas no Parlamento pela bloquista Mariana Mortágua.

Para Marco António Costa, as declarações do Bloco de Esquerda (BE) relativamente à venda do NB, em que admitiram que fariam tudo o que estivesse ao seu alcance para impedir a concretização do negócio, foi uma ameaça de uma moção de censura ao Governo de António Costa. Mas Mariana Mortágua fugiu a esta questão demonstrando que afinal, contrariamente ao que repetem nos holofotes mediáticos, o Bloco apoia este perdão pelo estado de dívida e juros aos bancos.

O Bloco afirmou que faria tudo por tudo para impedir a concretização deste negócio. A expectativa foi tao alta com essa declaração que, alguns sectores, especularam se estaríamos perante uma ameaça de moção de censura ao Governo por parte do Bloco para ser completamente consequente numa matéria que é a profunda negação de toda a sua filosofia política nos últimos anos”, disse.

"O PSD aquilo que desejava era que o Governo cumprisse aquilo que andou a afirmar ao longo de todo este tempo: Que garantiria uma venda que manteria o banco em funcionamento", salientou acrescentando que esta venda "nunca implicaria garantias do estado". Mas, infelizmente, aquilo que temos "são garantias do estado que os contribuintes irão pagar, para além do perdão de juros e de divida que está a ser feito no valor inicial".

O Vice-presidente do PSD também não deixou de referenciar o episódio lamentável que se passou esta quinta-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA). De relembrar que, na reunião da COFMA, depois de votado e aprovado o pedido do PSD para que a UTAO apure os custos da renegociação das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, as esquerdas juntaram-se e anularam a aprovação, abusando das regras regimentais e violentando a democracia parlamentar.

Para Marco António Costa este comportamento foi "errático da parte da esquerda que depois de uma primeira votação em que viabilizaram esta solução, tiveram que recuar talvez por solicitação do Partido Socialista que inicialmente se tinha abstido".

A esquerda parlamentar continua a boicotar a verdade sobre os custos desta operação para os contribuintes. Mas O PSD irá continuar a lutar pela defesa dos contribuintes e do sistema bancário nacional. O contrário do que tem sido feito pelo atual Executivo.