“Não faz sentido desdramatizar a situação que estamos a viver”

19 de junho de 2017
PSD

 

Dadas as consequências “tão dramáticas” do incêndio que afeta, desde sábado, a região de Pedrógão Grande, Pedro Passos Coelho alerta para que não se venha a dizer “aquilo que sempre se diz: ‘isto é sempre assim’; ‘não há nada a fazer’; ‘nunca se tiram consequências daquilo que se investiga’; ‘estamos entregues a inevitabilidades’”. Espera, por isso, que “o debate, quando ocorrer, aconteça com alguma racionalidade, já fora de climas emocionais e que as pessoas possam, em primeira instância, ter acesso à informação e a conclusões relevantes”.

O presidente do PSD referiu-se, após visita à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a um acontecimento “sem paralelo”, para depois afirmar que “não faz sentido desdramatizar a situação que estamos a viver”. “Há muitos anos que combatemos incêndios”, reforçou, “mas esta é, de alguma forma, a primeira vez que um número tão dramático de pessoas perdeu a vida”. Contudo, não é oportuno ainda “fazer uma avaliação política”, disse, alertando que não é momento “para os políticos se estarem a comportar de forma inadequada. Acrescentou, por isso, que “é preciso ter alguma parcimónia” e que “as respostas políticas existirão a seu tempo”.

Pedro Passos Coelho afirmou que “não podemos aparecer no terreno quando as coisas estão, ainda, a merecer uma resposta técnica”. “Não queremos atrapalhar a resposta que tem de ser dada”, acrescentou, reforçando que o PSD está a acompanhar a situação. Esta visita mostra que os social-democratas “não só não estão aleados do que está a acontecer, como têm um profundo respeito por todos os que estão envolvidos nestas operações”. Recordou também os autarcas que estão no terreno, pelo seu contributo “muito direto” com vista a “melhorar a situação”, a “evitar consequências piores” e a “prestar auxílio às populações”, mediante articulação com a ANPC.

 

PSD reforça solidariedade para com populações e operacionais

Viemos mostrar que continuamos a acompanhar tudo o que se está a passar”, disse Pedro Passos Coelho. “É uma situação com consequências trágicas e dramáticas”, afirmou. “Não há dúvida de que, há muitos anos, somos obrigados a responder a calamidades como os incêndios, mas este ano as consequências têm tido elementos trágicos que não são habituais”.

O presidente do PSD defende ser “natural que as pessoas questionem sobre o que é que pode ter estado na origem desta situação”. Contudo, salienta que “ainda não podem ser dadas essas respostas”. Tal como lembrou, este é, sobretudo, um momento para os técnicos atuarem.

O PSD reitera a sua “consternação e solidariedade para com todos aqueles que perderam familiares, os seus bens”. Mostra, também, “solidariedade para com todos os que estão a responder a estas situações”. Pedro Passos Coelho quis, por isso, dirigir a todas as forças que estão no terreno “a nossa admiração e estima”, bem como “transmitir palavras de ânimo”. Defendendo a importância da prevenção, o líder do PSD reforçou que o momento atual exige, ainda, “uma articulação muito grande e uma resposta tão efetiva quanto possível, voltada para a proteção das pessoas”.