Governo reduz vagas para formação de médicos e compromete SNS

19 de maio de 2017
PSD

É necessário reforçar a capacidade formativa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o aumento de vagas disponibilizadas para formação médica, quer no internato do ano comum, quer na formação específica, de acordo com declarações dos deputados do PSD, ao constatarem, já este ano, a falta de vagas para centenas de candidatos à formação médica.

Numa pergunta dirigida ao ministro da Saúde, os deputados Miguel Santos, Ângela Guerra, Luís Vales e Fátima Ramos querem saber como decorreu este ano o processo de definição do número de vagas para formação médica e o que tenciona o Governo fazer para compensar a redução do número de vagas sob a responsabilidade do SNS.

Trata-se de uma situação preocupante e que requer, pelo Governo, a tomada de medidas de planeamento e outras, com vista ao aumento da capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde onde sejam desenvolvidos processos formativos, importando considerar a evolução das necessidades do Sistema de Saúde português”, referem os deputados.

Os deputados manifestam preocupação perante “a falta de vagas para mais de 700 potenciais candidatos a formação médica”. A Ordem dos Médicos admite que possam, no ano corrente, não ter acesso à especialidade entre 200 e 300 médicos.

Sucede que, em 2017, se prevê que o número de médicos que poderão não ter acesso à especialidade possa ser significativamente superior ao verificado em 2016, ano em que esse número foi de 158, diferença que poderá atingir quase o triplo do número de médicos sem vaga registado em 2015, em que o mesmo se situou nos 114”, sublinham.