Governo convive mal com independência das instituições

7 de março de 2017
PSD

 “Tem havido, por parte dos partidos que apoiam o Governo, um conjunto de declarações abertamente hostis ao atual governador” do Banco de Portugal, considerou Pedro Passos Coelho. Questionado pelos jornalistas sobre os comentários do atual governo e maioria parlamentar acerca do governador do Banco de Portugal, o presidente do PSD afirmou que aquelas declarações “escondem a forma como a maioria convive mal com os reguladores, os órgãos e instituições que têm independência”. Por isso, “é preciso confrontar o Governo com algumas das notícias que têm vindo a público”.

Pedro Passos Coelho defende que não há motivos para “pôr em dúvida a decisão” de recondução de Carlos Costa no Banco de Portugal. “Não vejo nenhum motivo que me leve a pensar que o governador não tem exercido o seu lugar com competência, profissionalismo e isenção”, afirmou o líder social-democrata.

O Parlamento recebe esta semana um “debate sobre as questões da supervisão”. O presidente do PSD garantiu que “lá estaremos a participar de forma muito empenhada”. Tratar-se-á “de uma boa oportunidade para podermos discutir e, sobretudo, para saber quem está interessado em discutir a qualidade da supervisão e quem está interessado em ajustar constas”.

Pedro Passos Coelho considera que o debate parlamentar será, ainda, um momento oportuno para perceber “quem é que usa, manipula este tipo de debates para, no fundo, não estar a discutir estes problemas, mas estar a fazer uma espécie de ataque político, muito dirigido e pessoal”. A posição adotada pelos partidos que sustentam o Governo revela, para o líder dos sociais-democratas, “muita intolerância”.

 

Empreendedores podem ajudar a economia portuguesa

Para Pedro Passos Coelho, o Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB) é “uma iniciativa extremamente meritória”, “um exemplo de empreendedorismo”.

O líder do PSD visitou esta terça-feira o SISAB, onde defendeu que é importante criar condições que incentivem os empreendedores e que “possam ajudar a promover as exportações portuguesas que são essenciais para a recuperação económica do país e para acrescentar valor ao rendimento nacional”.