CGD: Governo ignora esforço dos portugueses

18 de março de 2017
PSD

"Se se está a pedir aos portugueses um esforço de cinco mil milhões de euros para colocar na CGD, eu acho que seria de esperar, no mínimo, que os portugueses tivessem algum serviço público em troca"

Foi à margem de uma Conferência organizado pelas Mulheres Social Democratas de Barcelos, que Maria Luís Albuquerque teceu críticas a este Executivo por considerar que o esforço dos portugueses relativamente à Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem sido ignorado pelo atual Executivo. 

"Eu tenho alguma dificuldade em compreender algumas questões, nomeadamente o facto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estar a sair (...) dos sítios onde os outros bancos não querem estar. Se se está a pedir  aos portugueses um esforço de cinco mil milhões de euros para colocar na CGD, eu acho que seria de esperar, no mínimo, que os portugueses tivessem algum serviço público em troca", declarou.

A Vice-presidente do PSD disse que também é "com muita preocupação" que vê as noticias que dão conta do fecho de balcões da CGD em vários pontos do país, no âmbito do plano de reestruturação do banco público.

 

Não há injustiça no rating da Standard & Poor's 

Maria Luís Albuquerque afirmou também que não há qualquer "injustiça" na avaliação da agência de notação financeira Standard & Poor's, que manteve o 'rating' português em 'lixo', e considerou uma "desilusão" que Portugal continue "nesta situação".

"O elevado nível de endividamento, a divida pública, que tinha reduzido em 2015 voltou a subir em 2016, o endividamento privado também continua muito elevado, o crescimento reduziu face aquilo que vinha de 2015 e há uma conjunto de medidas que representam potenciais problemas para a competitividade e criação de emprego", enumerou.

"É uma desilusão que o pais continue nesta situação e que não consiga registar, de facto, as melhorias que estávamos prestes a registar no final de 2015", concluiu.