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O PSD antecipou esta quarta-feira, 12 de outubro, que o Orçamento do Estado (OE) para 2017 será de "aumento dos impostos", seguindo a "linha errada" do documento do ano passado e continuará "a dar com uma mão para tirar com a outra".
"Vamos ter um OE para 2017 com uma marca muito clara de ser o Orçamento do aumento dos impostos", afirmou o PSD, em declarações aos jornalistas no final de um encontro de uma delegação do PSD com o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, a propósito do Orçamento do Estado (OE) para 2017.
Antecipando que "vem aí mais do mesmo" e um "orçamento de 2017 que segue a linha errada do Orçamento de 2016" e poderá mesmo agravar ainda mais a situação, o PSD disse que o documento que o Governo deverá entregar na sexta-feira na Assembleia da República "acarreta um aumento da carga fiscal".
"Aquilo que o Governo e a maioria dos partidos que o suportam propõe ainda não sabemos o que é em termos de desagravamento fiscal - temos a expetativa que possa haver em algum domínio - mas, já sabemos que vai haver um agravamento fiscal, nomeadamente do lado dos impostos indiretos", referiu o PSD.
Por outro lado, continuou, o Governo fará uma revisão do cenário macroeconómico, assumindo que os principais indicadores ficarão aquém daquilo que era estimado.
"O Governo assume que as coisas não estão bem, mas propõem-se fazer o mesmo, é de facto um ponto de partida que nos motiva muita apreensão", sublinhou.
Questionado sobre notícias divulgadas sobre o cenário macroeconómico que apontam para a redução e o aumento das exportações, emprego e investimento, o PSD referiu que o executivo "não detalhou nem o desenho das medidas que vai apresentar do ponto de vista fiscal, nem aquilo que vai ser a revisão do cenário macro-económico".
De qualquer forma, acrescentou, sabe-se que essa revisão vai acarretar "um desacelerar do ritmo de crescimento da economia que estava projetado".
Assista aqui às declarações do PSD na Assembleia de República.