Universidade de Verão 2014: Resumo do terceiro dia

4 de setembro de 2014
PSD

O dia de quarta-feira começou com a clássica aula «Falar
Claro» de Carlos Coelho, acompanhado por Nuno Matias e Paulo Colaço. Foi uma
aula interactiva, divertida e dinâmica sobre técnicas de comunicação cujo
objectivo é potenciar as competências comunicativas dos participantes a nível oral,
escrito e gestual. Através da visualização de filmes, com o suporte de
documentos de apoio e da abordagem de casos práticos, a comunicação em política
foi detalhadamente analisada. Os alunos tiveram oportunidade de esclarecer
dúvidas e partilhar experiências, de forma a obter ajuda para ultrapassar as
dificuldades de comunicação que sentem. Esta aula será também importante para
que os alunos tenham um bom desempenho nos trabalhos que apresentarão ao longo
da semana.

À tarde foi a vez de Mónica Ferro falar acerca das actuais
«Tensões no mundo: A guerra à porta da Europa?». Fazendo uma análise ao
conflito entre a Ucrânia e a Rússia, a especialista em Relações Internacionais
considerou que foi errado o presidente ucraniano ter estreitado laços com a
Rússia, em 2013, ao invés de se aproximar da União Europeia, e que este é o
maior desafio de segurança que a Europa atravessa desde a guerra fria, após dez
pacíficos anos. Relativamente à generalidade dos conflitos internacionais
actuais, a Professora Universitária lembrou que, hoje em dia, a origem destes
“choques” está muitas vezes relacionada com a escassez de recursos e que as
questões ideológicas passaram a ter um papel preponderante, tendo as religiosas
perdido protagonismo.

O dia terminou com um jantar-conferência com o ex-comissário
europeu António Vitorino, que nos brindou com um sentido de humor único e
descontraído. Fazendo uma abordagem ao crescimento de movimentos extremistas e
populistas na europa, afirmou que a origem dos problemas europeus é, muitas
vezes, a insuficiência das democracias nacionais. O ex-eurodeputado socialista
não acredita numa solução federalista para a europa, mas sim que o poder de
decisão deve pertencer à esfera de cada Estado-membro. Quanto a Portugal,
António Vitorino confia nas qualidades de Carlos Moedas para se revelar um bom
comissário europeu.