Sinais positivos

15 de janeiro de 2014
PSD

1. Taxa de Desemprego - volta a recuar para 15,5% em Novembro, um valor representa um recuo de 0.1 p.p. em relação a Outubro, e de 1,5 pontos percentuais em relação a Novembro de 2012.

Em termos absolutos, registaram-se em Novembro menos 91 mil desempregados que no mês homólogo. 

A redução sustentada da taxa de desemprego desde o valor mais alto em Janeiro (17,6) até ao mês de Novembro (15,5%) traduz-se em 10 meses consecutivos de diminuição; 4 meses de taxas mensais homólogas mais baixas.

Portugal está entre os países que registaram maior diminuição da taxa de desemprego em relação ao período homólogo.


2. Produção Industrial - A produção industrial portuguesa acelerou 3,1% em Novembro, face ao período homólogo, depois de um crescimento de 3%, em Outubro. 

O ritmo de crescimento da produção industrial nacional foi muito superior à média na Europa, onde o índice caiu 3% em termos homólogos. Portugal registou o nono maior aumento entre os 28 países da União Europeia.


3. O indicador para a economia Portuguesa da OCDE está há 18 meses consecutivos a subir, apontando para uma melhoria da conjuntura económica portuguesa. 

Os dados relativos a Novembro voltam a mostrar, pelo 4º mês consecutivo, uma aceleração do indicador.


4. (Relatório de Inverno do BdP) O Banco de Portugal reviu em alta as projeções para a economia portuguesa, para crescimentos de 0.8% e 1.3% em 2014 e 2015

As previsões apontam para recuperação do consumo privado; melhoria do índice de confiança das famílias; maior contributo da procura interna na recuperação da economia; consistência das exportações com taxas de crescimento anuais médias de 5,5%; subida do investimento, que deverá crescer 1% em 2014 e 3,7% em 2015.


5. Portugal apresentou, pela primeira vez, em pelo menos mais de duas décadas, um saldo externo positivo. Um resultado histórico, decorrente de um saldo positivo da balança corrente e que significa que Portugal teve uma capacidade líquida de financiamento positiva (em 2008, o saldo da balança corrente era de -12.6%, em 2011 foi de -7.2%, e prevê-se que 2013 termine com um saldo equivalente a 0,7% do PIB). Portugal não tinha um saldo positivo desde 1995.

6. As nossas exportações, que têm vindo a ter um desempenho exemplar desde o início do processo de ajustamento, continuam a demonstrar resultados sólidos positivos, com um comportamento de destaque a nível Europeu. Antecipa-se já que «2013 será o melhor ano de sempre».

Os números do INE em Novembro continuam a revelar o esforço muito significativo das empresas portuguesas. A subida de 7,2% em novembro em termos homólogos mostra o caminho que está a ser feito - estamos já para lá do que é de considerar uma recuperação, no comércio internacional estamos já numa nova fase com as exportações a atingirem um peso no PIB que há muito era procurado.


7. Os indicadores de clima económico e da confiança dos consumidores estão a melhorar, mês após mês, atingindo níveis máximos desde, pelo menos, 2010.

Em Novembro, a confiança das famílias sobe para máximos dos últimos 3 anos. Este aumento de confiança deve-se, sobretudo, às expectativas das famílias em relação à evolução do desemprego.

As famílias também se mostram mais positivas sobre a situação financeira do agregado familiar e a perspetiva de realizar compras de bens duradouros.

O consumo privado (apesar de apresentar ainda variações de sinal negativo) tem vindo a recuperar nos últimos trimestres – o que contribui de forma importante para a recuperação da economia portuguesa.

E os empresários também estão mais otimistas, com clima económico a continuar tendência de recuperação (depois dos mínimos atingidos em dezembro de 2012) 

A confiança dos empresários regista um aumento há cinco meses consecutivos, transversal a todos os setores: Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços.


8. Não se criavam tantas empresas em Portugal desde 2009. O mundo empresarial português de 2013 teve mais aberturas, menos insolvências e menos encerramentos do que no ano anterior. 

Este é quadro geral retratado pelo Barómetro Informa D&B para 2013.

Se combinarmos o aumento de constituições de novas empresas com a redução de encerramentos, verificamos que alcançamos a melhor taxa de nascimentos por encerramento desde 2009, ou seja 2,4 novas empresas por cada empresa dissolvida. (Em 2012, este rácio apontava para 1,7 empresas constituídas por cada uma que encerrou.)

Em 2013, foram constituídas 35.296 novas empresas. O número representa uma subida de 12,8% em relação ao ano anterior. As novas empresas criadas envolveram, 46.256 empreendedores, mais 10% do que no ano anterior.

Olhando para os encerramentos, verificou-se uma quebra de 20% face a 14.505 dissoluções. As insolvências desceram 7,6%, sendo 2013 o primeiro ano a registar um decréscimo desde 2009, tendência que se observou em todos os trimestres do ano. Em 2013, 5.473 empresas iniciaram processos de insolvência.


9. Durante demasiados anos, vivemos com uma política de estímulo ao consumo em detrimento dapoupança. Que promoveu, ano após ano, o excessivo recurso ao crédito e ao endividamento. Desde 2011, a taxa bruta de poupança dos portugueses cresce a dois dígitos. Entre Janeiro e Setembro, a poupança corrente das famílias portuguesas somou 10.318 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Trata-se de um aumento de 22,1% face aos 8.448 milhões que se registaram entre Janeiro e Setembro do ano passado.


10. Segundo dados divulgados pelo INE no final do ano, o défice caiu para 5.9% em Setembro, atingindo a meta para o final do ano. Não considerando o efeito da recapitalização do Banif, o saldo das contas públicas é inferior a 5,5% do PIB nos primeiros nove meses do ano, o que é a meta relevante para a avaliação da troika ao programa de ajustamento.