Sanções: “Portugal não precisa de mendigar apoio”

28 de junho de 2016
PSD

Pedro Passos Coelho afirmou hoje esperar que os países da União Europeia (UE) estejam contra a aplicação de sanções a Portugal, por violação das metas orçamentais, porque "não têm razão de se verificarem".

"Espero que os países estejam contra as sanções porque elas não têm razão para se verificarem, não é por uma questão de simpatia ou de solidariedade", afirmou o Presidente do PSD em Bruxelas à margem de uma reunião de dirigentes do Partido Popular Europeu (PPE), referindo que "Portugal não precisa de mendigar apoio".

Para o dirigente social-democrata, não se deve mendigar para que "livrem Portugal de uma coisa que não merece ser sancionado".

"Se houver um bocadinho de vergonha e de decência, não se pode sancionar o país que mais esforços fez de consolidação orçamental estrutural em todos estes anos e dos que mais cumpriu, a seguir à Irlanda, aquilo que foram as metas estabelecidas", vincou.

Pedro Passos Coelho acrescentou esperar que "não haja outras intenções de natureza política que escondam decisões que não estejam assentes naquilo que são materialmente as condições que se verificam em Portugal".

Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, Pedro Passos Coelho afirmou que deverá ser uma “separação amigável” e não um “divórcio litigioso”:

"O que está aqui em causa para os mercados, mas também para os cidadãos, é saber se vamos todos amuar e vamos todos levar ao máximo os efeitos negativos associados a esta decisão ou se vamos minimizá-los e procurar incutir confiança nos mercados e nos cidadãos e todos temos interesse na segunda opção”, disse.

Castigar os britânicos como uma espécie de vacina para que outros europeus não sigam o mesmo caminho, é o caminho mais direto para que isso possa acontecer", notou.

O Presidente do PSD aproveitou para caracterizar o projeto europeu como "positivo, de prosperidade e de paz" e "não um penalizar com azia, com um sentimento de perda para com aqueles que quiseram e soberanamente tomaram uma decisão diferente".