PSD questiona decisão sobre a TAP

11 de fevereiro de 2016
PSD

O PSD acusou hoje António Costa de querer colocar "homens de mão" na administração da TAP, sugerindo que essa foi a motivação do acordo que deu ao Estado 50% do capital da empresa. "É legítimo pensar que o esforço a que os portugueses são chamados, com alívio do privado, mais não serve do que para colocar os homens de mão e os comissários políticos e partidários do atual primeiro-ministro dentro da companhia aérea", defendeu o social-democrata Luís Leite Ramos, durante um debate de urgência sobre a TAP no parlamento, requerido pelo PSD.

Depois, perguntou se é verdade que "o primeiro-ministro se prepara para nomear como presidente da TAP" o dirigente socialista Luís Patrão, a quem se referiu como "o diretor-geral do PS, o homem que trata dos recursos humanos e da máquina socialista e cuja passagem pelo Governo ficou marcada pela sua demissão a par de Armando Vara por causa do escândalo da Fundação da Prevenção e Segurança".

Dirigindo-se ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que não deu resposta a estas questões e acusações sobre lugares na TAP, o deputado e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD sustentou ainda que António Costa indicou um "emissário amigo" para o processo negocial com o consórcio Gateway.

Luís Leite Ramos acrescentou que esse "emissário amigo do primeiro-ministro, com um passado ligado ao mais ruinoso negócio de sempre da TAP, a engenharia e manutenção do Brasil, tem agora o seu pagamento como administrador nomeado pelo Estado na TAP, nomeado para um dos seis lugares que o Estado pediu para que lá pudessem ser colocados". "A verdade é esta: estamos a falar de seis lugares para administradores na TAP onde parece haver espaço para todos sem critério e sem ética", considerou.