PSD quer ministro no Parlamento com urgência para explicar negócio TAP

6 de fevereiro de 2016
PSD

“O PSD está muito preocupado com os contornos deste negócio, que nos parece pouco transparente e, sobretudo, que nos deixa muitas dúvidas e vamos requerer com caráter de urgência a vinda do ministro Pedro Marques à comissão de Economia e Obras Públicas para explicar os contornos exatamente deste acordo e as muitas dúvidas que o mesmo suscita”, afirmou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.

Luís Leite Ramos salientou que as dúvidas do PSD relativamente a este acordo se prendem, com a “posição do Estado, com o caráter e a natureza da empresa e ainda sobre os compromissos que o Estado assumiu perante os acionistas da Gateway e, por outro lado, sobre quais foram as contrapartidas que o Estado lhes proporcionou”.

“Vamos querer saber tudo, vamos querer fiscalizar este acordo, os contornos do mesmo, os impactos que tem nomeadamente para os contribuintes e nesse sentido, ainda durante este fim de semana, procuraremos apresentar um requerimento ao presidente da comissão para ouvir o ministro e também os acionistas da Gateway”.

O “país precisa destas explicações, destas clarificações e saber quais os contornos deste acordo”. E relativamente aos compromissos financeiros, o parlamentar sublinhou não se saber “exatamente qual é o valor que esta retoma de posição do Estado na TAP tem”.

“Nós sabemos que há pelo menos 1,9 milhões de euros, mas suspeitamos que os encargos e os compromissos que o Estado assumiu terão um peso muito maior no bolso dos consumidores”. Outra das dúvidas do deputado diz respeito “ao compromisso que o Estado vai reassumir no domínio da dívida, com que riscos e de que forma”.

Luis Leite Ramos registou ainda que, após esta alteração do contrato, “afinal o Estado não ficou com uma posição maioritária na TAP, mas apenas com 50%”, e que “o atual Governo validou não só o parceiro, mas também o plano de desenvolvimento e o preço de venda acordados anteriormente”, sinal, na sua opinião, de que todas as questões que tinham sido levantadas pelo atual Governo não tinham fundamento”.