PSD pede esclarecimentos ao Governo

12 de fevereiro de 2016
PSD

O Presidente do PSD perguntou hoje "qual é o plano B" do Governo "para acudir à situação orçamental", mas o Governo optou por não responder. Pedro Passos Coelho considerou que "parece cada vez mais necessário" haver um "plano B" do Governo, e insistiu para que António Costa dissesse "que tipo de medidas" estão a ser preparadas e "sobre que áreas atuam", defendendo que "o país tem direito a saber".

O Líder Social-Democrata acusou ainda o Governo e o Partido Socialista de terem “um impulso patológico para arranjar um bode expiatório quando as coisas correm mal”, confrontando os socialistas com a verdade dos factos: “Nestes quatro anos, Portugal saiu de um período de resgate, diminuiu o desemprego e a economia cresceu em 1,5% em 2015. E nunca o Eurogrupo veio dizer que era preciso restaurar a confiança, porque esta estava restaurada.”

Face ao cenário económico que marca a actualidade, Pedro Passos Coelho afirmou que “ o Governo, ao contrário do prometido, não reverteu a austeridade. Está sim a redistribui-la e a pôr em risco a imagem de Portugal nos mercados”. Assim, rematou que  "o mercado está a sinalizar Portugal" porque o Governo provocou "uma situação de risco”. Durante o debate quinzenal no parlamento, Pedro Passos Coelho afirmou que "a confiança foi abalada" pelo Governo do PS e que "o projeto de Orçamento e o Orçamento não merecem a confiança nem dos mercados, nem da Comissão Europeia, nem dos portugueses".

Na sua última intervenção, o Presidente do PSD assinalou o aumento dos juros da dívida, referindo que "não tem paralelo" com o trajeto dos últimos anos, e sustentou que "o mercado está a sinalizar a Portugal que se houver mais problemas no futuro nos penalizará de uma forma que não penalizará os outros".

Pedro Passos Coelho aproveitou também os seus últimos minutos para se defender do "processo de intenções" lançado por António Costa, que considerou "uma forma rasteira de fazer política", e desafiou-o a "explicar bem o que é que significa esses esforços em Bruxelas". O Presidente do PSD concluiu que “o Governo não tem cumprido a função de dar tranquilidade e transparência ao país.”