PSD alerta para consequências dos sinais dados pelo Governo

11 de fevereiro de 2016
PSD

O Líder Parlamentar do PSD atribuiu hoje a subida dos juros da dívida soberana portuguesa aos "sinais dados pela governação do país", considerando que "a marca da trapalhada" do processo orçamental gera insegurança e instabilidade.

"Infelizmente é com muito apreensão e preocupação que nós verificamos que os juros da dívida portuguesa têm vindo a subir de uma forma já muito significativa e que não tem paralelo com países que se encontram em circunstâncias análogas à nossa. Isto é da responsabilidade direta daquilo que são os sinais dados pela governação do país", afirmou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas no final de reunião da bancada do PSD.

Insistindo que apesar da instabilidade dos mercados financeiros nas últimas semanas, o comportamento dos juros da dívida no caso de Portugal "não é o mesmo face a outros países periféricos e a outras economias que têm dificuldades como a nossa", o Líder Parlamentar do PSD considerou que isso acentua a ideia de que "os avanços e recuos do Governo" no Orçamento geram falta de confiança. "Este processo orçamental que tem tido a marca da trapalhada, estes avanços e recuos do Governo, a atitude revanchista face àquilo que eram caminhos que se estavam a percorrer no domínio dos transportes, no domínio da educação, no domínio da economia, tudo isso tem um efeito, porque gera falta de confiança, gera insegurança e gera instabilidade", frisou.

Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a subir em todos os prazos, tendo atingido os 4,5 por cento a dez anos, um máximo desde agosto de 2014.