PSD acusa governo de estar a "conquistar votos com medidas simpáticas"

26 de janeiro de 2016
PSD

Marco António Costa acusou o governo de António Costa de estar a “tentar conquistar votos com medidas simpáticas” para enfrentar uma eventual rutura da coligação de esquerda.

“Estes são os sinais de um governo que se está a preparar para eleições. É um governo que está apressadamente, de uma forma muito preocupada, a tentar conquistar votos com medidas simpáticas para, porventura, se preparar para a eventualidade daquela coligação de partidos de esquerda se esboroar e deixar de haver o apoio parlamentar que torna possível a presença e a vivência deste governo”, afirmou o vice-presidente do PSD, assinalando que depois das eleições de domingo é tempo de “olhar com algum sentido de preocupação para o que aí vem”.

Para o social-democrata, as medidas como a reposição de 35 horas, o aumento do salário mínimo, entre outras, servem para deixar “as pessoas com a boca adocicada” para eleições e recordou que o país “já viveu esta história em 2009 e 2010”, antes das eleições. “Nós já vimos este filme. Temos uma certa perceção de que estamos a passar por qualquer coisa similar”, realçou Marco António Costa, para quem “essas boas notícias estão a ser dadas não pensando nas consequências do futuro”. O vice-presidente do PSD acredita que “algo de errado se está a passar” nas contas do Orçamento de Estado apresentado, pelo que é necessário explicar aos portugueses “o que está a em causa” e as consequências das decisões que estão a ser tomadas pela “obsessão populista eleitoral” do governo.

“O que temos encontrado neste governo é a precipitação, é a vontade de querer agradar a todos e o sentimento de que governa mais para algumas forças de pressão social e política, como é a intersindical, quando toma decisões que afetam o interesse de toda a comunidade, nomeadamente quando tem a ver com matérias como os transportes públicos”, concluiu.

Sobre as presidenciais, afirmou que o partido teve domingo “uma alegria” com a vitória à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais. O vice-presidente do PSD lembrou como a recomendação foi feita “de uma forma discreta, por respeito àquela que era a própria vontade do candidato de se afirmar como um cidadão livre, livre dos partidos, um homem sem amarras partidárias”. Para Marco António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa “executará, sem dúvida nenhuma, uma missão como mais alto dignitário” do estado Português, enquanto “um homem de mãos livres, ao serviço do seu povo todo, sem exceção, e com um único objetivo que é salvaguardar e preservar o interesse nacional”.