PS apresenta solução carregada de incertezas

11 de novembro de 2015
PSD

O líder parlamentar do PSD defendeu que a queda do Governo através da rejeição ao seu programa pela esquerda é uma "adulteração da vontade popular", sendo a alternativa uma solução frouxa, incoerente e carregada de incertezas.

"Há uma coisa que é inequívoca, esta solução é frouxa. É frouxa, é incoerente, está carregada de imprecisões, de incompatibilidades, de incertezas", afirmou Luís Montenegro no discurso de encerramento do debate do programa do XX Governo Constitucional, referindo-se à alternativa apresentada pela maioria de esquerda.

Montenegro defendeu que hoje se assistirá à "adulteração da vontade popular expressa nas eleições", declarando que "os portugueses sabem quem impediu este Governo legítimo de governar e no momento próprio não vão deixar de atribuir essa responsabilidade".

O líder parlamentar do PSD considerou ser uma "ilusão" pensar que uma coligação parlamentar à esquerda dê mais garantias de governo do que PSD e CDS-PP, que venceram as legislativas de 04 de outubro.

"É uma ilusão pensar que há hoje uma coligação de governo que dê garantias superiores àquelas que PSD e CDS deram. Esta é a minha convicção e o que resulta de uma análise objetiva", disse o social-democrata, em declarações aos jornalistas no parlamento no final da discussão do programa de Governo PSD/CDS-PP e no seguimento da aprovação de uma moção de rejeição do executivo.

Montenegro sinalizou que a única vez em que as bancadas de PS, PCP e BE se "conseguiram unir" e aplaudir de pé uma intervenção foi quando o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, anunciou o resultado da votação que derruba o Governo.

"A grande verdade é que chegámos ao dia 10 de novembro, ao final do debate sobre a apreciação do programa do Governo legitimamente empossado pelo Presidente da República, e tivemos uma moça de rejeição. Foi a única coisa que conjugou estes três partidos", sublinhou o líder parlamentar do PSD. 

 

Leia aqui a intervenção na íntegra.