Presidente do PSD critica atitude do Governo para com contratos de associação

6 de maio de 2016
PSD

Em resposta à pergunta "é uma atitude retrógrada acabar agora com os contratos de associação?", Pedro Passos Coelho não hesitou e afirmou que "Completamente, e mais do que isso. É pôr em causa um dos poucos mecanismos que nos resta de promover a qualidade da educação".

O Presidente do PSD vincou sempre que é necessário não "confundir o ensino público com as escolas estatais" e que "um ataque ao ensino público de qualidade é andar para trás em matéria de transparência". "O que interessa é servir as pessoas com qualidade e transparência. Por isso é que é completamente retrógrado estar a fazer esta discussão", disse.

Para o líder social-democrata, "em bom rigor" o que pode acontecer é "não só o Estado pôr em causa as próprias decisões que tomou em concurso público" e portanto estar a abrir-se "uma caixa de Pandora".

"Porque é muito possível que estas instituições coloquem o Estado em Tribunal, porque este não está a honrar os seus próprios compromissos", afirmou.

Para o Presidente do PSD, "o que é importante é saber se quando contrata esse serviço público se o faz em condições de igualdade ou não".

"Imagine que tem um serviço público melhor e mais barato porque é que o Estado não o deve providenciar? Por ter uma cegueira ideológica", questionou, dando ainda o exemplo da Suécia para referir que "um país muito avançado" tem "despesa canalizada na educação para serviço público que por exemplo na área da Educação é liderada por escolas independentes".

Já sobre se acredita que as decisões da tutela nesta matéria estão a ser influenciadas pelos partidos que o suportam na Assembleia da Republica o ex-líder do Governo voltou a não hesitar: "Não tenho dúvida. Pelo PS, pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda".