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Pela primeira vez, em 2015, os alunos portugueses ficaram acima da média dos países da OCDE no ensino de Ciências, Matemática e Leitura. Os resultados nestas áreas – que colocam Portugal entre os melhores lugares do ranking – bem como o próprio programa PISA 2015 voltam a discussão amanhã, sexta-feira, a propósito de uma conferência, em Lisboa, que contará com a presença do diretor de Educação e Competências da OCDE. Como é estes resultados nacionais foram alcançados? Esse é um percurso a recordar.
Os melhores resultados em 15 anos
Portugal é avaliado no Programme for International Student Assessment (PISA) desde o ano 2000. Na sexta edição do estudo, em que participaram 72 países de todos os continentes, foi avaliado o desempenho dos alunos portugueses entre 2012 e 2015. Os resultados colocaram Portugal pela primeira vez acima da média dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), nas áreas de conhecimento avaliadas.
Nos resultados de 2015, em literacia de leitura, Portugal ocupou o 18.º lugar, com 498 pontos numa escala até 1000 – cinco acima da média. No que à leitura diz respeito, Portugal cresceu 28 pontos desde o início desta avaliação, em 2000, dez dos quais foram registados entre 2012 e 2015.
Se, em 2012, Portugal estava na 25.ª posição na literacia de Leitura, em 2015 subiu para o 18.º lugar. Nos últimos três anos, os resultados dos estudantes portugueses mostram um aumento significativo na relação percentual de alunos com melhor desempenho (designados top performers).
Já na literacia matemática, os resultados nacionais colocaram o país na 22.ª posição, dois pontos acima da média, para um total de 492 pontos (ver infografia). Face a 2012, Portugal melhorou cinco pontos. E desde 2000 já subiu 38.
No domínio da literacia científica, Portugal obteve 501 pontos. Ficou em 17º lugar entre os países da OCDE, oito pontos acima da média e depois de ter ficado na 26.ª posição, em 2012. As ciências foram o foco principal das avaliações do PISA, em 2015, domínio em que Portugal se apresentou em contraciclo. Num momento em que o desempenho geral caiu, os alunos portugueses melhoraram 12 pontos nesta última edição do estudo, depois de o desempenho neste domínio ter resvalado quatro pontos entre 2009 e 2012. Olhando para todas as participações portuguesas no PISA, entre 2000 e 2015, a pontuação nas ciências subiu 42 pontos.
Entre os países do PISA, Portugal registou o maior aumento de alunos top performers, nos últimos anos. Uma evolução acompanhada pelo recuo de alunos com pior desempenho (low performers), tendo sido uma das poucas nações que alcançaram esta conjugação.
