Pedro Passos Coelho diz que não deixará que decisões ponham em causa o esforço do País

31 de maio de 2014
PSD

"O Governo não irá precipitar-se a responder a esta
situação, ela é complexa e não será de uma solução simples", afirmou Pedro
Passos Coelho, esclarecendo que, "como sempre" o Governo respeitará
as decisões dos tribunais mas, no entanto, não deixará "na altura
própria" de dizer ao país como vai ultrapassar esta adversidade que
resultou da decisão do TC".

Pedro Passos Coelho disse ainda que nunca deixará que
decisões que "parecem incompreensíveis possam deitar a perder os
esforços" feitos até hoje, ou possam "pôr em causa o esforço
enorme" que o país tem feito "para evitar andar para trás, retroceder
e ter de voltar a desequilibrar tudo e pedir auxílio externo".

O primeiro-ministro acrescentou que "numa democracia
madura", como a de Portugal, os governos "não podem fazer tudo o que
querem" e defendeu que nas condições em que herdou o país, "muito
pouco" do que o Governo teve de fazer teve que ver com vontade, “mas com a
necessidade de responder" aos problemas.

"Ao mesmo tempo que expressei a minha preocupação com
esta situação, não quero também deixar de dar uma palavra de tranquilidade
perante o país", acrescentou, repetindo que não deixará de responder a
esta adversidade da decisão do TC, "de modo a que o país possa prosseguir,
afastando-se do abismo que esteve em 2011 e procurando dar um sentido prático,
útil e consequente aos sacrifícios que os portugueses fizeram".