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Pedro Passos Coelho salientou hoje que a decisão para o problema do Banif não decorreu da ação do Governo de maioria PSD/CDS-PP que liderou, o líder social-democrata lembrou que o seu executivo tentou "melhorar a situação do banco ao longo dos três anos em que se injetaram capitais públicos" na instituição.
"Não me parece que seja uma consequência da ação negativa do anterior Governo. A ação foi, dadas as circunstancias, até bastante positiva", vincou. De qualquer forma, acrescentou, o valor que deve ser tido em conta não deve incluir esses "efeitos extraordinários", mas "o que é permanente".
Pedro Passos Coelho desvalorizou ainda o facto de, mesmo excluindo os encargos do Banif, o valor do défice de 2015 ter ficado acima da previsão de 2,7% do Governo que liderou.
"O que era importante era que o défice não ficasse acima dos 3%", frisou, recordando que logo no verão "ficou claro que os 2,7% não seriam alcançáveis".
O líder social-democrata recusou responsabilidades pelos encargos que o Banif representa no valor do défice de 4,4% confirmado pelo Eurostat, afirmando que: "Não de todo, não foi uma matéria que tivesse acontecido enquanto eu estive no Governo", disse.
"Não respeita a nenhuma decisão que nós tivéssemos tomado no Governo. Fica por esclarecer - ainda está em esclarecimento na comissão de inquérito - o que é que aconteceu desde que esse Governo terminou, o que é aconteceu que obrigou o Banco de Portugal à decisão de resolver o banco e de o resolver nessas circunstâncias", referiu Pedro Passos Coelho, que falava aos jornalistas à saída de uma conferência promovida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).