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O Presidente do PSD acusou hoje António Costa de fazer um ataque inédito ao Banco de Portugal e de governar com falta de cultura democrática. "Nada justifica o ataque institucional declarado a uma entidade independente por parte de um Governo que sabe que, para conduzir a estratégia de desnorte em que mergulhou, precisa de comandar tudo e ter quem lhe obedeça, e quem discordar, a bem ou a mal, tem de mudar", afirmou Pedro Passos Coelho, referindo ainda que o PS se tem aproximado dos partidos "mais radicais", comportando-se "dentro da lógica do quero, posso e mando".
Nas Jornadas Parlamentares do PSD, que decorreram em Santarém, o Líder Social-Democrata afirmou que "Isto não é uma democracia com os pesos e contrapesos que são necessários, com a divisão de poderes que é necessária, com a limitação das competências que são necessárias a uma sociedade plural e equilibrada. Nós vamos ouvindo, à medida que os meses passam, várias manifestações desta falta de cultura democrática".
Sobre o Orçamento do Estado, Pedro Passos Coelho remeteu para segunda-feira o anúncio do sentido de voto do PSD. O Presidente dos Sociais-Democratas disse que será ainda feita uma "avaliação final" em relação a esta matéria. "Na próxima segunda-feira teremos uma reunião da Comissão Permanente Nacional para determinar o sentido de voto do PSD nesta matéria e eu próprio terei a ocasião de informar o Grupo Parlamentar, ainda na segunda-feira de manhã, da conclusão que a Comissão Política vier a alcançar neste domínio".
O Líder do PSD saiu também em defesa do Presidente da República cessante lembrando que Aníbal Cavaco Silva ainda está em funções e considerando que foi dos presidentes mais atacados em Portugal.
Sem nomear ninguém, Pedro Passos Coelho afirmou que "parece que às vezes há pessoas que se esquecem que o Presidente da República Cavaco Silva ainda é Presidente da República". "O Presidente da República que está em funções foi, provavelmente, dos Presidentes da República mais atacados em Portugal pelos partidos políticos de maior radicalismo e populismo em Portugal, mas também pelo PS", acrescentou.