Pedro Passos Coelho afirma que a Europa precisa de confiança

7 de maio de 2016
PSD

Pedro Passos Coelho fez hoje o encerramento das conferências “O Futuro da Europa”, uma iniciativa do PSD para assinalar ao mesmo tempo o aniversário do partido e o Dia da Europa, que se assinala na próxima segunda-feira.

O Presidente do PSD afirmou que ainda subsiste na Europa um problema de confiança: entre as instituições, entre os estados, entre culturas. “Como é que podemos conseguir ultrapassar a crise de confiança, que é a mãe de todas as crises?, questionou, prosseguindo que “temos de ser mais solidários e mais responsáveis. Não podemos recriminar-nos mutuamente como se a origem e solução dos problemas fosse estranha à nossa decisão e vontade.”

Sobre a questão dos migrantes, o líder social-democrata afirmou que “a Europa precisa de imigrantes, porque a Europa não tem gente que chegue. Precisamos de uma europa que ofereça mais segurança mas ao mesmo tempo de uma Europa mais aberta.” A Europa é um espaço de liberdade, mesmo sendo um espaço liberdade, pode ser de forte competição e solidariedade. Nós hoje somos o maior espaço de solidariedade para o desenvolvimento no mundo e temos sido um dos motores para a globalização.

“Ter as contas em ordem é importante para qualquer país europeu e a Europa valerá menos se não nos preocuparmos com isto”, afirmou Pedro Passos Coelho, deixando ainda uma nota para o futuro, ressalvando que os resultados que alcançámos até agora são precários: a riqueza não está no que herdamos. Está no que sabemos inventar e acrescentar para futuro. Temos de saber formular novas abordagens para o problema do crescimento. E não o faremos sem confiança. Se queremos um futuro digno do que alcançamos no passado, temos de fazer diferente do que fizemos até hoje. E esse debate não pode ser reduzido à confrontação partidária. Exige-se do governo e da oposição mais do que isto.

30 anos de Portugal na Europa

O Presidente do PSD começou por assinalar que a presença de Portugal no projecto europeu, ao longo destes 30 anos, tem sido de uma importância assinalável. Afinal, a opção europeia é uma das bases do PSD, e na óptica dos social-democratas, a integração no espaço europeu é estratégica e fundamental para o país. “Somos profundamente atlânticos, universalistas, e olhamos para o mundo de forma especial desde que temos memória colectiva. A nossa janela atlântica é ainda mais importante quando olhamos para a Europa”, afirmou Pedro Passos Coelho.

Em jeito de retrospectiva, o líder social-democrata salientou que um dos pontos menos positivos dos últimos anos tem sido Portugal, com 30 anos de acesso a fundos europeus, não ter conseguido convergir para a média europeia, nem quando esta baixou.

“A Europa em que vivemos é de transformação. Nada está perdido e nada está irremediavelmente conquistado”, disse Pedro Passos Coelho, chamando a atenção para o facto de as crises económicas e financeiras, de dívidas soberanas, e a crise das migrações não estarem resolvidas. Já foram introduzidos elementos temporais importantes, mas ainda são precisas soluções.