Pedro Passos Coelho afirma que ação política tem de pensar no futuro

1 de maio de 2016
PSD

O Presidente do PSD afirmou hoje que o futuro é uma das noções que deve pautar a ação política, referindo que “a política é o exercício de resolver o presente, respeitar e aprender com o passado e respeitar e libertar o futuro. Nos libertámos o futuro quando fechámos o memorando de entendimento com a troika. Somos mais livres para decidir do que fomos em 2011.”

Durante o XXIV Congresso da JSD, na Batalha, Pedro Passos Coelho afirmou que Portugal não pode voltar aos erros do passado, tal como aconteceu em 2011, quando alguns tinham a ilusão de que se pode ter crescimento pondo em causa as gerações do futuro. “Essas pessoas têm de perceber que essa solução não é sustentável. Não podemos hipotecar o futuro, todas as sociedades têm de resolver os problemas no dia em que vivem. Cada sociedade tem memória e futuro, não se pode viver como se só o presente interessasse”, disse.

“Agora temos uma maioria que nos governa e que está a deitar isso fora, não respeitando o futuro. Vemos que desde o final de 2015 muito investimento parou, à espera de ver o que ia acontecer. Quem recebe já mais salário não está a gastar, está sim a pensar no que isto vai dar. E é por isso que a receita fiscal correu pior do que se pensava. E o governo vai disfarçando isto. A maioria nunca olha para as dificuldades atacando-as, disfarça-as, empurra com as barrigas. Isso é desrespeitar o futuro”, concluiu o líder social-democrata. Para um futuro sustentável, é necessário levar a cabo um conjunto de reformas de segunda geração, para levar mais longe o esforço de abertura da economia feito nos últimos anos.

Europa

O Presidente do PSD defendeu que “queremos que o futuro não obrigue ninguém a ter de ir seja para onde for para poder ter um futuro. Mas queremos um futuro e que as pessoas escolham para onde querem ir. A Europa por que lutamos não é uma Europa fechada, é uma Europa de mobilidade, em que todos nos possamos sentir europeus. Queremos uma Europa aberta, cosmopolita, em que os jovens se sintam cidadãos europeus também”. A Europa pela qual lutamos não pode estar condicionada pela demagogia, o populismo e o radicalismo. O líder social-democrata chamou a atenção para o facto de “a Europa precisar de mais jovens e de mais famílias que queiram crescer. Precisa de jovens de fora que ajudem a vencer os desafios atuais”.

Democracia

Pedro Passos Coelho destacou perante os jovens presentes a importância da democracia: “hoje não questionamos a democracia porque ele é seguramente a melhor forma viver em sociedade. Por mais imperfeita, por mais riscos e desafios, nada suplanta a solução democrática. Assim é também ao nível económico. Não há nenhum país que tenha uma sociedade mais avançada que não confie na iniciativa privada e na economia social de mercado. As sociedades que atingiram mais resultados foram as que recusaram o comunismo e o socialismo e que confiam na liberdade económica, na iniciativa privada, e na liberdade de escolha: económica, cultural, social e politica.”