Partido da oposição "não tem um pensamento para a Europa"

27 de abril de 2014
PSD

“O PS não tem agenda europeia, não tem um pensamento para a
Europa, só fala do Governo a toda a hora. Não sabemos o que é que os
socialistas vão fazer para o Parlamento Europeu, não sabemos o que querem fazer
na Comissão Europeia porque eles não falam disso. Só dizem que é preciso mudar
de Governo”.

O líder da coligação “Aliança Portugal” garante que não tem
qualquer problema em debater as questões nacionais.

“Até tenho gosto nisso, porque acho que é importante fazer
pedagogia e dizer aos portugueses que, embora podendo discordar desta ou
daquela medida, por ter sido mais injusta ou menos oportuna, globalmente o
caminho não podia ser outro”.

Paulo Rangel disse que nas instâncias europeias ouve falar
sobre Portugal todos os dias. “Ouço e vejo o que as pessoas pensam, e aquilo
que dizem os nossos parceiros e muitas vezes os nossos credores é que o caminho
não podia ser outro”.

“Agora o que eu digo é que o PS não tem uma agenda europeia,
porque só fala do Governo, não é capaz de falar de nada da europa. E agora
vejam a ironia, durante três anos António José Seguro disse que o Governo não
fazia nada na Europa e não tinha política europeia, chegou às eleições europeias
e ele não fala da Europa nem de política europeia, só fala do Governo e de
assuntos nacionais”.

“O PS está sempre fora do tempo, porque quando se quer
tratar das questões nacionais quer falar da Europa e quando é a altura de falar
da Europa só fala de questões nacionais”.

“Há um único ponto que o PS abordou em termos europeus e
esse ponto é o da mutualização da dívida. Foi a única proposta que eu lhe ouvi,
mas agora já nem fala dela. Pois bem, o candidato que eles apoiam a presidente
da Comissão Europeia, que é um alemão, veio dizer que a mutualização da dívida
que o PS português propõe está fora da agenda. Até diz que não está na agenda
porque os juros baixaram muito”.

Ou seja, “a única proposta que António José Seguro tinha
para a Europa foi desmentida pelo seu candidato à Comissão Europeia. É, por
isso, que agora já nem fala da Europa, porque foi desautorizado, desmentido
pelo seu candidato”.

O candidato do PSD/CDS às Europeias iniciou a sua
intervenção apelando ao voto e explicando a importância de votar nas eleições
de 25 de maio e terminou abordando os pontos essenciais do seu programa.

“O grande objetivo é trazer crescimento a Europa, porque
Portugal vai naturalmente crescer e criar emprego, vai exportar e ter uma
capacidade de evolução muito grande. Estamos empenhados em fazer reformas em
Portugal e na Europa que induzam crescimento para este território no qual
estamos economicamente integrados”.

“Por isso nós queremos o mercado único digital, o mercado
único clássico, o tratado de comércio livre com os EUA, que mudará a nossa
posição geoestratégica, geopolítica e geoeconómica, queremos liderança na
economia do mar e a integração dos mercados energéticos. Para nós é fundamental
criar um terceiro corredor que ligue a Península Ibérica ao resto da Europa
para exportar as energias renováveis que Portugal tem e para exportar o gás que
vem da Argélia e o que pode chegar por via marítima a Sines”.