Para o partido da oposição as Europeias são uma espécie de pré-legislativas

23 de abril de 2014
PSD

Os socialistas olham para as eleições europeias como uma
“espécie de eleições pré-legislativas”, disse o Cabeça de Lista da Coligação “Aliança
Portugal” esta terça-feira, dia 22 de abril, no Seminário “Desafios para a
Europa” que se realizou na Universidade Lusíada do Porto.

Paulo Rangel considerou, por outro lado, que o PS fala em
divergências no Governo para esconder “contradições extremamente graves” entre
António José Seguro e Martin Schulz, sobre a mutualização da dívida.

“O PS está a anunciar ao país uma solução para a Europa que
o seu candidato rejeita liminarmente. Em vez de estar a falar em eventuais
divergências no Governo, devia olhar para as contradições que está a fazer”.

É “demagógico” o PS dizer que a mutualização da dívida é a
solução para resolver a crise europeia, quando o seu candidato à presidência do
Parlamento Europeu diz estar fora da agenda.

“Como é que o PS pode propor uma solução que sabe que depois
o seu candidato não vai levar a cabo se, por acaso, fosse eleito presidente da
Comissão Europeia”.

A mutualização da dívida é algo desejável e vai ser atingida
a médio e longo prazo, mas atualmente é “inviável”.

Questionado sobre a reunião de hoje entre o PS e a ‘troika’,
no final da qual um dirigente socialista disse ter ficado com a “certeza” de
que a política de austeridade em Portugal vai continuar, Paulo Rangel frisou
que a oposição continua com uma agenda “completamente desfocada e
propagandista”.

O que está em causa já não é mais austeridade, mas uma
lógica de recuperação do país assente em responsabilidade orçamental.

Atualmente, é importante fomentar o crescimento, emprego e
exportações, mas mantendo uma trajetória sustentada nas finanças públicas,
explicou.

“O PS talvez gostasse que voltássemos atrás e a 2011, mas os
portugueses não estão dispostos a passar pelo que passaram outra vez. Não vamos
repetir os erros do passado pelo despesismo em que o PS quer entrar”.