OE2017: “Não vamos entrar no jogo de comentar intenções”

14 de setembro de 2016
PSD

Esta quarta-feira, 14 de setembro, Pedro Passos Coelho, após a reunião com o atual executivo, a propósito da cimeira de Bratislava, em São Bento, sublinhou que não vê interesse a alguém na política portuguesa que a hipótese de um segundo resgate possa ser considerado.

“Não vejo sequer que interesse a alguém na política portuguesa, muito menos a quem já desempenhou lugares de responsabilidade como eu, que essas hipóteses sequer possam se consideradas”, afirmou.

Durante Declarações à Imprensa, após reunião com o atual executivo, no que diz respeito à possibilidade de aumento dos impostos indiretos, remetendo a sua discussão para a altura em que for conhecida a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017, Pedro Passos Coelho afirmou que “não vamos entrar no jogo de comentar intenções”, considerando “completamente prematuro” estar a fazer comentários sobre medidas a incluir no Orçamento do Estado para o próximo ano.

O Presidente do PSD salientou que o tema do Orçamento do Estado para o próximo ano não esteve em cima da mesa durante o encontro desta manhã com o atual executivo.

Sobre a cimeira de Bratislava, Pedro Passos Coelho notou que trata da primeira ocasião em que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reunirão no arranque do novo ano político, para refletir as prioridades da União.

Recuperando algumas das propostas do PSD, nomeadamente a necessidade de completar a união bancária ou avançar para uma verdadeira união de mercados financeiros, o líder do PSD destacou ainda a questão da saída do Reino Unido da União Europeia, defendendo que o processo de separação seja “amigável e não um processo conflituoso”.

“Interessa o mais possível que o processo não seja guiado com a preocupação de castigar o Reino Unido pela sua decisão”, enfatizou.

Questionado ainda sobre o apoio público manifestado pelo chefe de gabinete do atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a essa hipótese, Passos Coelho lembrou que o PSD apoia "desde a primeira hora a candidatura de António Guterres".

Contudo, insistiu, da parte do PSD a posição tem sido clara.

"Não se trata de uma questão ideológica, não o apoiamos apenas só porque se trata de um português, achamos que é uma pessoa que tem créditos firmados e que pode ser uma aposta de qualidade para aquilo que as Nações Unidas precisam de fazer", acrescentou.