OE 2017 apresenta falta de Estratégia e Ambição

20 de outubro de 2016
PSD

Em entrevista à TSF durante a manhã desta quinta-feira, 20 de outubro, a Vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, afirmou que o Orçamento do Estado para 2017 apresenta falta de “estratégia” e “ambição”.

“Quando aumentamos impostos indiretos generalizadamente e dando, sobretudo, essa perceção de que a cada nova reivindicação dos partidos que apoiam o Governo, e que seja necessária para assegurar a sua sobrevivência, será desencantado um novo imposto sobre qualquer coisa”, considerou Maria Luís Albuquerque.

A Vice-presidente do PSD desconfia da criação de novos impostos, para fazer face a novas necessidades e a exigências que vão surgindo, o que considera "dramático".

"Há novos impostos a serem criados para fazer face a exigências que vão surgindo e, portanto, sabendo nós que as exigências vão continuar, a perceção que temos é que há-de haver outros impostos para satisfazer essas exigências. E isso do ponto de vista da confiança é dramático", defendeu.

Para Maria Luís Albuquerque, as consequências são claras: "a desconfiança, a incerteza, a instabilidade que isso introduz na formação de expectativas dos agentes económicos, consumidores e investidores, é algo que nos parece profundamente indesejável".

A Vice-presidente do PSD salienta ainda que falta estratégia e ambição ao Orçamento do Estado (OE) para 2017, que só pensa a "curtíssimo prazo". Maria Luís Albuquerque reforça ainda que este OE para 2017 também foi feito para criar uma dupla ilusão.

“É um Orçamento do Estado para criar ilusões. Por um lado, uma ilusão junto dos portugueses de que alguma coisa está realmente a ser devolvida e, por outro lado, uma ilusão junto de quem nos observa de fora como por exemplo a Comissão Europeia. Querem mostrar que é um Orçamento com uma verdadeira dedicação ao rigor das contas públicas”, salientou.