«O que fizemos nos últimos quatro anos foi trabalhar para os portugueses»

10 de novembro de 2015
PSD

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou hoje que os “ganhos políticos de curto prazo” serão pagos com mais austeridade, defendendo que os esforços que foram feitos pelo interesse dos portugueses e não dos mercados.

No debate parlamentar do programa do Governo PSD/CDS-PP, Maria Luís Albuquerque dirigiu-se à oposição para dizer que “os ganhos políticos de curto prazo serão pagos por todos nós, pelos nossos impostos, com a perda dos nossos postos de trabalho, com reduções de oportunidades para os nossos filhos, condenando as próximas gerações à precariedade e à incerteza”.

Considerando que “só a oposição não quer reconhecer” que “será alcançável” a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos este ano, “com um défice não superior a 3%”, a ministra das Finanças afirmou que “a necessidade das contas públicas não é uma questão ideológica”, mas de responsabilidade.

Maria Luís Albuquerque disse que “o rigor na gestão dos dinheiros públicos é exigido pelo respeito pelo esforço dos contribuintes e pelo interesse nacional, muito mais do que pelos compromissos internacionais”.

Este Governo não decide e não trabalha para os mercados, o que fizemos nos últimos quatro anos foi trabalhar para os portugueses, para que sejamos cada vez menos dependentes dos mercados”, afirmou.

A governante considerou que “sempre que a confiança se quebra”, os investidores deixam de estar disponíveis para ceder os seus fundos e a ameaça de bancarrota volta a ser real”.

Que ninguém duvide: Se Portugal se voltasse a ver forçado a recorrer a um programa de assistência, um quarto resgate, não um segundo, um quarto resgate em menos de 40 anos, os sacrifícios por que todos teríamos de passar seriam bem mais duros do que aqueles que ficaram para trás”, alertou.

Sobre o Programa do XX Governo Constitucional, que deverá ser chumbado por PS, PCP e Bloco de Esquerda, Maria Luís Albuquerque disse que assegura que “o agora se recupera não será retirado mais tarde, em dobro”.

Sempre de forma mais penosa, para mais uma vez corrigir os erros de quem promete o que não pode cumprir, e de quem coloca interesses particulares a frente dos interesses de Portugal”, acrescentou.

No final do seu discurso inicial, a ministra dirigiu-se aos deputados e apelou à responsabilidade: “Saibamos todos honrar a responsabilidade que nos foi confiada”, terminou.