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Este sábado, 17 de setembro, Pedro Passos Coelho, disse que nunca governou por causa de sondagens e agora, como líder do principal partido na oposição, também não pensa nelas:
"Tenho acompanhado mais ou menos as sondagens. Nunca governei por causa das sondagens ou a pensar nelas, e não estou na oposição a pensar nelas", disse.
O Presidente do PSD, que falava aos jornalistas à chegada a Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, onde se deslocou para visitar a aldeia de xisto de Figueira, adiantou, no entanto, que tem acompanhado a sondagem que foi divulgada hoje.
Adiantou também que aquilo que o preocupa é que os portugueses saibam com o que podem contar de quem está na oposição:
"Quem está hoje na oposição e esteve ontem no Governo, não muda a maneira de estar, e as convicções que defende para o país só porque está na oposição", sustentou.
"É uma coerência que penso que é importante para os portugueses e ainda há um núcleo muito alargado de pessoas que o valorizam e isso é um estimulo também", concluiu.
Sobre o facto de o país não estar a crescer como devia, Pedro Passos Coelho foi claro:
"Preocupa-me que o país não esteja a crescer o que devia. Porque foram feitas reformas muito importantes ao longo dos últimos anos para aumentar a nossa capacidade de gerar rendimento e de oferecer maiores possibilidades de emprego sustentado pelo crescimento da economia a todos aqueles que pagaram um preço elevado pela crise que vivemos", afirmou.
O líder social-democrata sublinhou ainda que aquilo que mais o preocupa não é o dia-a-dia, mas a visão de médio e de longo prazo para o país.
"O país não está a crescer aquilo que precisa nem o que foi projetado pelo próprio Governo. O atual primeiro-ministro dizia que tinha uma abordagem para a política económica radicalmente diferente do Governo anterior, e que isso colocaria o país a crescer de uma forma mais acentuada, com mais justiça social, mais emprego sustentado na economia e não é isso que se está a ver", sustentou.
Sublinhou ainda as declarações da líder do Conselho de Finanças Públicas (CFP) e a perspetiva muito limitada que apresentou para o país.
"Se tudo continuar como está até aqui e se este tipo de abordagem política se mantiver, as perspetivas deste órgão independente são as de que andaremos sempre a lutar todos os anos para ter menos um bocadinho de três por cento de défice, muito dependentes do que se passar no exterior e o país não crescerá mais de 1,5%, quando muito", sustentou.
Pedro Passos Coelho disse também que a sua crítica é a de quem liderou um Governo, numa altura em que o país tinha chegado ao limite das suas possibilidades, mas realçou que Portugal já estava a crescer a um ritmo maior do que aquele que se verifica atualmente.
"Estávamos a crescer a um ritmo maior do que hoje, a recuperar uma confiança e credibilidade no exterior, o investimento estava a aparecer e tudo isso, está a perder gás, a andar para trás. Acho isso muito mau porque podíamos estar muito melhor do que estamos e acho que estamos a desperdiçar oportunidades", concluiu.