“O primeiro-ministro afirma uma coisa e faz outra”

8 de julho de 2016
PSD

O líder parlamentar do PSD, no final do Debate sobre o Estado da Nação, afirmou que "não há qualquer fundamento para a aplicação de sanções a Portugal" por parte das instituições europeias.

Luís Montenegro criticou a atuação deste Governo alegando que "há questões que o Governo podia ter suscitado junto das instituições europeias e que até agora não o fez".

"Estamos perante uma forma discriminatória em relação a outros países, também com problemas no cumprimento de metas orçamentais, mas que têm estado completamento isentos de qualquer observação, caso da França. Mas o primeiro-ministro ignora isso", disse.

Para Luís Montenegro, se o primeiro-ministro e o Governo não quiserem partidarizar a questão das sanções a Portugal, "se quiserem defender o interesse nacional, o PSD deu, no parlamento, um contributo importante para o diálogo do Governo com as instituições europeias".

"Mas o primeiro-ministro afirma uma coisa e faz outra coisa. Afirmou-se indignado por o PSD ter supostamente quebrado o consenso nacional, mas o primeiro-ministro é que se desdiz face à sua posição inicial e quebrou o consenso".

De acordo com o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, em dezembro passado, no final de um Conselho de Ministros, o Governo apresentou um pacote de medidas, no valor de 46 milhões de euros, para que Portugal fechasse 2015 com um défice de 3%.

"Agora, no entanto, o primeiro-ministro esqueceu-se disso e não vai ao combate político para defender que o défice do ano passado não foi de 3,2%. Não está por isso a proteger o interesse nacional, tendo unicamente em vista procurar obter dividendos políticos, apesar de acusar os outros de fazerem isso".