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Devido à entrevista dada pelo Ministro das Finanças à cadeia televisiva norte-americana em que, questionado se “vai fazer tudo o que for necessário para evitar que Portugal tenha um segundo resgate", responde: "Essa é a minha principal tarefa (…) o compromisso que temos na frente orçamental e na redução da despesa pública é precisamente nessa direção", Luís Montenegro afirmou que “é devida ao Governo e ao primeiro-ministro uma palavra de tranquilidade sobre este assunto, o assunto é demasiado sério, coloca Portugal num radar prejudicial às famílias e empresas portuguesas”.
Na Sessão de Abertura das Jornadas Parlamentares do PSD, que decorrem hoje e terça-feira em Coimbra, o Presidente da bancada social-democrata, referiu que “é muito sintomático” que esta posição tenha vindo daquele que “devia ser o portador de uma mensagem de confiança” na política económico-financeira do executivo PS.
“Um ministro das Finanças não diz que está a tentar evitar, evita (…) É verdade que ele tem uma certa tendência para a piromania política”, acrescentou.
Em 2011, Portugal recebeu um resgate financeiro de 78 mil milhões de euros da 'troika', num processo que envolveu vários cortes nos gastos e reformas, mas que permitiu ao país sair com sucesso do programa em 2014.
“Deus nos livre de termos de passar outra vez pelo mesmo”, afirmou Luís Montenegro.
Segundo o 'site' da CNBC, que divulga a entrevista, as declarações do ministro português foram dadas durante o fim de semana à margem do encontro dos ministros das finanças da zona euro, em Bratislava.