“O investimento caiu e o emprego não melhorou”

25 de julho de 2016
PSD

Esta segunda-feira, 25 de julho, após audiência com o Presidente da República no Palácio Nacional de Belém, o PSD afirmou que na sua perspetiva “o governo tem uma maioria no Parlamento que o suporta e nesta altura já é possível perceber que os resultados da política económica são o contrário do que o Governo tinha prometido”.

Sofia Galvão, Vice-Presidente do PSD, especificou que, em causa, estão questões como o crescimento. “Fala-se que é metade do que era previsível”, que “investimento caiu, o emprego não melhorou” e os níveis de poupança são negativos. Para além disto, nas preocupações do PSD apresentadas ao Presidente da República estão também relacionadas com o “estado do sistema financeiro, especificamente da banca”.

Sobre o próximo Orçamento, a Vice-Presidente do PSD diz que o “Partido não tem qualquer conhecimento do próximo Orçamento de Estado, não tem que ter, mas sabe que há uma solução de Governo e é essa maioria que vai ter que apresentar ao país o próximo Orçamento do Estado e que vai ter que explicar como tenciona executá-lo. O PSD não é parte da solução em termos do próximo Orçamento de Estado”, salientou.

A delegação do PSD teve "uma conversa muito transversal, muito aberta sobre a situação política do país" com Marcelo Rebelo de Sousa, manifestando, sobretudo, "preocupação com o estado da economia".

"Os nossos compromissos com o exterior dependem de um desempenho económico que a política do Governo não está a conseguir assegurar. E foi isso sobretudo que transmitimos ao senhor Presidente da República", afirmou.

De acordo com a vice-presidente do PSD, "nesta altura já é possível perceber que os resultados da política económica são o contrário daquilo que o Governo tinha prometido".

"O crescimento é um crescimento muito inferior, de acordo com os últimos estudos, àquilo que se prometeu. Nesta altura fala-se em cerca de metade do que era previsível", apontou.

Sofia Galvão disse que "o investimento cai" e que "o emprego não melhorou" e que Portugal está "com níveis de poupança negativa", mas ao mesmo tempo "o consumo interno não é capaz de fazer arrancar a economia".

"Esta foi a nossa principal nota, complementada por uma preocupação também com o estado do sistema financeiro e especificamente da banca. Sem banca a funcionar, em condições de financiar a economia, a economia não consegue de facto ter o desempenho de que Portugal precisa", acrescentou.

Sofia Galvão tinha ao seu lado o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, e o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro.