Marco António Costa em Conferência de Imprensa

3 de setembro de 2014
PSD

"Hoje, Portugal completou com sucesso mais uma relevante
etapa no regresso a mercados financeiros.

A operação de colocação de dívida pública pela emissão de
Obrigações de Tesouro a 15 anos foi um inequívoco sucesso.

Desde 2008, ou seja, há seis anos, que Portugal não dispunha
de capacidade e credibilidade para emitir dívida a tão longo prazo.

A presente oferta constitui um sucesso, uma vez que a
procura mais do que duplicou a oferta, atingindo um valor total de oito mil
milhões de euros.

Em resultado desta resposta tão positiva dos mercados, a
oferta total foi aumentada de três para três mil e quinhentos milhões de euros.

A taxa de juro ficou nos 3,8 por cento, ou seja abaixo do
tecto de quatro por cento inicialmente previsto.

Esta taxa compara com a emissão de 2008, que atingiu o valor
de 4,9, ou seja, em 2008 o mercado exigiu mais 1,1 por cento de juros.

A presente operação sucede-se a várias emissões de curto e
médio prazo com igual sucesso.

E mesmo tendo-se realizado, desde 2013, várias emissões a
dez anos, a maturidade a quinze anos reafirma, sem margem para dúvidas, uma
inequívoca confiança dos mercados nos títulos da República.

A presente emissão é um reconhecimento da credibilidade do
País face ao exterior e aos mercados financeiros, atestando a validade das
políticas reformistas que têm vindo a ser postas em prática por este executivo.

Esta emissão coincide com a apresentação do Ranking do Fórum
Económico Mundial, onde, como é sabido, Portugal conquistou 15 lugares e obteve
um conjunto de resultados muito positivos em sectores chave da actividade
económica e social.

Portugal registou a maior subida entre as economias
avançadas e a terceira maior subida em termos totais [Argélia e Roménia].

Todos estes factores atestam que Portugal está a iniciar um
novo ciclo económico, baseado na competitividade e na inovação, recolocando-se
na rota do crescimento.

A tudo isto importa agora acrescentar que cabe ao maior
partido da oposição ter oportunidade de interromper, nem que seja por dois
minutos, a sua disputa interna e comentar o sucesso da operação de colocação de
divida a quinze anos por parte do estado português".


Lisboa, 3 de setembro de 2014