Marco António Costa acusa PS de estar de costas voltadas para o interesse nacional

31 de maio de 2014
PSD

"Durante estes três anos [de governação PSD/CDS-PP], o
sentido de responsabilidade e o sentido de respeito pelo interesse nacional do
PS é estar sempre de costas voltadas para o interesse nacional e para o
trabalho pelo país", considerou Marco António Costa na sexta-feira, na
Guarda.

 O dirigente nacional
do PSD, que falava na sessão de tomada de posse do novo presidente da comissão
política distrital social-democrata, Carlos Peixoto, disse que existem grandes
diferenças entre os dois partidos.

 "A diferença é
que nós [PSD] não nos posicionamos face ao interesse nacional por taticismos
partidários. Nós posicionamo-nos colocando sempre em primeiro lugar o interesse
do país", afirmou.

 Marco António Costa
lembrou que foi assim com Marcelo Rebelo de Sousa, quando líder nacional do
PSD, "que deu todo o apoio ao Governo do engenheiro [António] Guterres,
que não tinha maioria na Assembleia da República para garantir que o país
conseguia entrar na moeda única".

 O mesmo se passou com
Luís Marques Mendes e José Sócrates "fazendo um pacto para a justiça,
dando oportunidade ao Governo do PS de fazer uma profunda reforma no setor da
justiça".

Manuela Ferreira Leite "viabilizou o Orçamento do
Estado para 2010" e Pedro Passos Coelho viabilizou o Orçamento do Estado
para 2011, recordou Marco António Costa.

"Temos que dizer aos portugueses que, de facto, não
somos todos iguais na política, que é uma matriz que nos distingue
permanentemente, é que o PS só pensa no interesse partidário e nós pensamos no
interesse dos portugueses e no interesse de Portugal", afirmou.

 O porta-voz do PSD
também considerou de "inacreditável" o que se passou na sexta-feira à
noite, com o secretário-geral do PS, António José Seguro, a reclamar eleições
antecipadas em Portugal.

 "Já não chegava
a instabilidade que vive o PS, ainda querem ver o país também mergulhado numa
crise e mergulhado em estabilidade", declarou.

Apelou ainda aos socialistas que "resolvam como
entenderem os seus problemas internos, mas não os tragam para a sociedade
portuguesa", considerando que o país precisa "de estabilidade e de
paz social".

Quanto à decisão do Tribunal Constitucional (TC), que
chumbou três dos quatro artigos em análise do Orçamento do Estado para 2014,
incluindo os cortes dos salários dos funcionários públicos acima dos 675 euros,
Marco António Costa disse aos jornalistas que o PSD convocará
"oportunamente" uma conferência de imprensa para tomar uma posição
pública e formal sobre a matéria.

 

No entanto, admitiu que "tudo o que são contratempos
para o país preocupam sempre os responsáveis".