Mais de 2.500 Social-Democratas enchem Aula Magna

7 de maio de 2015
PSD

Pedro Passos Coelho discursou esta quarta-feira, 6 de maio, perante uma sala cheia de Militantes e Simpatizantes do Partido Social Democrata na Celebração do 41º Aniversário do seu Partido.

O Presidente do PSD começou a sua intervenção por defender que o respeito pela liberdade de imprensa e pela separação de poderes têm sido protegidos pelo atual Governo:

"Espero bem que este seja um resultado que dure para futuro e que não dependa apenas de o PSD ganhar eleições ou não", afirmou. "Para futuro, os portugueses não compreenderão nem aceitarão que haja quem, no Governo ou no parlamento, conviva mal com a liberdade de expressão, ou com a independência dos tribunais, ou com a autonomia do Ministério Público ou da Polícia Judiciária ou das polícias".

"Nestes quatro anos, os nossos adversários podem discordar de nós por muitas coisas, mas não poderão dizer que usámos a crise mais violenta por que o Portugal democrático passou para nos intrometermos no Estado de direito, para nos intrometermos na justiça, para nos intrometermos na liberdade - na liberdade de expressão e na liberdade da comunicação social", prosseguiu.

Segundo Pedro Passos Coelho, "neste capítulo", o PSD seguiu os valores da sua fundação "de lutar sempre pela liberdade, pelo pluralismo, pela separação de poderes e, evidentemente, pelo Estado de direito".

Na sua intervenção, Passos Coelho defendeu que o Governo PSD/CDS-PP tem vindo a "libertar o povo e o país de supostos donos", submetendo a economia às regras da democracia, e a "acabar com privilégios" e com "a instrumentalização do Estado".

Sobre o programa do PS, apontando, por exemplo, a descida da Taxa Social Única o Presidente do PSD afirmou: "Ficámos a saber que é neutra, não custa nada, não sei porque é que a gente não fez".

"[Os socialistas] conseguem com isto dizer, de forma muito simples, aquilo de que nós já suspeitávamos: é que simplesmente dizem o que não vão fazer. Não vão respeitar nem as regras, nem os compromissos, nem os objetivos que estão em vigor em nome de Portugal na União Europeia, porque não é possível fazê-lo".

A campanha dos socialistas para as legislativas deste ano vai ser semelhante à de 2009: "Mais uma prestação social, devolva mais, eu posso devolver mais, eu vou devolver mais, e não acontece nada, pode ter a certeza".

"É correr o risco de ainda ter mais défice e mais dívida, porque milagrosamente o que nunca ninguém resolveu em parte nenhuma do mundo, o PS vai aqui resolver, que é pôr a economia a crescer sem criar dívida, distribuindo dinheiro por toda a gente. Quem é que acredita nisto? Eu não acredito. Julgo que do ponto de vista orçamental é arriscado e do ponto de vista do modelo de desenvolvimento económico é errado".

Passos Coelho rejeitou que o executivo PSD/CDS-PP tenha governado como "perigosos liberais ou ultraliberais", mencionando a taxação do capital, e referiu-se à estratégia da atual maioria como "um caminho de recuperação gradual, mas segura".

Passos Coelho afirmou que fez questão de ser ele a dar "as más notícias" nestes anos e homenageou e agradeceu ao "militante anónimo do PSD" pelo apoio que dado ao Governo com "convicção, muita entrega e espírito de sacrifício e muito amor ao seu país".

Nesta grande celebração social-democrata que, por sua vez, culminou com o Encerramento das Comemorações dos 40 Anos de Democracia, 40 Anos de PSD Francisco Pinto Balsemão, Militante nº 1 e Fundador do PPD/PSD, foi homenageado de pé pelos sociais-democratas nesta cerimónia, que contou com a presença, na primeira fila, de outros cinco antigos presidentes do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Marques Mendes, Santana Lopes, Manuela Ferreira Leite.