Intervenção de Marco António Costa na Festa do Pontal

16 de agosto de 2014
PSD

«Caras amigas e caros amigos.

 

Quero dizer-vos que a vista daqui de cima é magnífica!

É a vista de um partido mobilizado, de um partido empenhado,
de um partido que diz “estamos presentes na luta que temos de travar por
Portugal no próximo ano, até às eleições de 2015!”

É um partido que está aqui hoje, vindo de todo o lado.

É um partido que não baixa os braços! É um partido dos
jovens da JSD mas também um partido intergeracional que está aqui nesta noite.

E por isso, caros amigos, a primeira palavra é para vós.
Muito obrigado por este sinal de força, solidariedade e, acima de tudo, de
mobilização que dão nesta noite ao país.

Obrigado companheiras e companheiros por este espetáculo de
mobilização que hoje dão a Portugal.

Caro Presidente do PSD e meu querido amigo Pedro Passos
Coelho.

Caros amigos dos órgãos nacionais, nomeadamente companheiros
da Comissão Política Nacional aqui presentes.

Caro amigo Luís Gomes, Presidente do PSD do Algarve. Na tua
pessoa cumprimento todos os militantes e dirigentes distritais que aqui se
encontram, vindos de vários pontos do país e também os companheiros que dirigem
o PSD a nível local.

Caro amigo Hugo Soares, Presidente da JSD Nacional.

Uma palavra muito especial para os jovens que estão aqui
nesta noite. Os jovens que também disseram “presente” e que serão fundamentais
para os combates que temos para travar nos próximos tempos. À juventude aqui
presente, mais uma vez o nosso obrigado pelo vosso exemplo, pela vossa presença
e pela vossa força.

Caro Álvaro Amaro, Presidente dos Autarcas Social
Democratas. Na tua pessoa cumprimento todos os autarcas. Os de freguesia, os
municipais, os que estão no poder e os que estão na oposição e que disseram
hoje aqui “presente”. A vossa presença simboliza a força mobilizadora do PSD no
Poder Local.

Caro amigo Secretário-Geral dos TSD, Pedro Roque.
Cumprimento-te pela presença de tantos responsáveis sindicais aqui nesta noite.
O PSD tem sido ao longo de todos estes tempos um exemplo de diálogo social.
Este Governo tem sido um Governo de diálogo social e a tua presença, a presença
de tantos dirigentes sindicais é um sinal desse compromisso com o diálogo
social que o Partido Social Democrata e o Governo de Portugal têm mantido.

 

Obrigado pela vossa presença. É, sem dúvida, uma força
mobilizadora da sociedade portuguesa e muito apreciamos a vossa presença aqui
nesta noite.

Aos deputados, aos eurodeputados, aos membros do Governo e
também a todos os que, querendo estar cá nesta noite, nos dão força para o
caminho que temos de seguir.

Este 38º ano da sessão do Pontal, que se iniciou em 1976 com
Francisco Sá Carneiro, está com força. É uma festa que tem os seus pergaminhos
e hoje, com cerca de 3 mil pessoas aqui presentes, mostrámos a mobilização que
somos capazes de realizar num ano em que partimos para um combate político que
é muito importante para Portugal.

E temos de recordar os “Pontais” dos últimos anos. Em 2011,
tínhamos acabado de ser investidos como Governo, estávamos aqui muito
apreensivos. Estávamos muito preocupados com a tarefa que tinha sido entregue a
este Governo de cumprir um programa que tinha sido negociado e assinado por um
Governo do Partido Socialista, que então cessava funções.

Foi também em 2011 que começámos todos a descobrir o
pesadelo que tínhamos pela frente, o pesadelo da herança que nos tinha sido
deixada pelo Partido Socialista enquanto Governo. Em 2011 era a apreensão que
marcava o Pontal.

2012 foi um ano terrível, com o desemprego a disparar, com a
economia a cair, com tantos concidadãos nossos – muitos deles militantes – no
desemprego. Era o ano do desânimo, e nem assim o nosso líder desistiu de dar
uma mensagem de estímulo e confiança aos portugueses.

Em 2013, aqueles que tinham criticado o discurso do nosso
líder em 2012 - que tinha afirmado que 2013 seria o ano da estabilização
económica e o início de um novo ciclo – tiveram oportunidade de ouvir
expressões que há muito tempo os portugueses não ouviam.

Era o tempo de falar dos sinais positivos que começavam a
aparecer. Ainda de uma forma muito ténue, mas tinham um significado muito
especial depois de dois anos de grandes sacrifícios e de grandes incertezas.

Eram os sinais positivos da produção industrial, eram os
sinais positivos das exportações portuguesas, os sinais positivos da nossa
economia a dar os primeiros passos no sentido do crescimento. E o sinal mais
importante de todos: o desemprego a dar os primeiros sinais de abrandamento e
de que estávamos a conseguir inverter a sua marcha. Começava a haver sinais de
que o desemprego começava a diminuir de forma sustentada.

Em 2013 dissemos aqui que a oposição não falava dos sinais
positivos porque queria ocultar esses sinais, e que até estava zangada com o
facto de começarem a surgir tais sinais. Dissemos que essa oposição não podia
ficar calada nem ser omissa relativamente a esses sinais.

Custou muito. Foram precisos mais seis meses do PSD na praça
pública a reclamar que a oposição falasse sobre esses sinais para finalmente
começarem a tentar desvalorizar aquilo que era uma conquista dos portugueses.

 

Mas se 2013 foi o Pontal do início da esperança, 2014 é o
Pontal da mobilização. É o Pontal da mobilização de todos os dirigentes,
militantes, simpatizantes do PSD. E fundamentalmente é o Pontal da mobilização
dos portugueses que querem vencer esta crise. É o Pontal da mobilização para
este novo tempo que começamos a construir em Portugal.

O novo tempo de um Portugal positivo. Um Portugal que
acredita em si mesmo, que sabe que é capaz de vencer todas as crises que se
apresentam e continuar a caminhar como fez ao longo de tantos séculos de
História.

É esse Portugal positivo que está hoje aqui neste Pontal. É
esse Portugal positivo que está em muitas casas por esse país fora e que nunca
baixou os braços nestes anos de dificuldade.

Mas caros companheiros, para que 2015 seja o Pontal para
vencermos as eleições legislativas, temos muito trabalho para fazer neste ano
que falta até ao Pontal de 2015.

Temos de mobilizar os portugueses para os esclarecer, para
os fazer compreender os sinais positivos que começam a surgir de forma
sustentada.

Temos de combater uma oposição pessimista, derrotista e
imobilista que só procura arrastar Portugal para o fundo.

Temos de vencer os vencer os “velhos do Restelo” que
continuam a popular a nossa democracia e a política nacional.

Temos, caros companheiros, de ser capazes de vencer esses
pessimistas, de chamar o Partido Socialista à realidade. Sabemos que andam
entretidos, e nós respeitamos a disputa interna que estão a realizar, mas têm
de olhar para os sinais positivos que estão a acontecer.

Eles andam tão entretidos nas lutas internas que nem se dão
ao trabalho de comentar os números do desemprego ou os do crescimento
económico.

Temos um Partido Socialista que vive alheado da realidade do
país. Temos um Partido Socialista que nos últimos três anos não mexeu uma palha
para ajudar a recuperar Portugal, para inverter o ciclo em que tinham deixado o
país em maio de 2011.

Caros amigos, nós sabemos que a crise foi obra do PS, mas
retirar Portugal da crise está a ser obra dos portugueses e do Partido Social Democrata.
Essa é a nossa obra, é o nosso trabalho.

É triste, é de facto muito triste, assistir à circunstância
de ver um PS que, alheado da realidade, não mostra a mínima disponibilidade
para colaborar com o Governo de Portugal. Esse Partido Socialista, na sua
disputa interna acusa-se mutuamente de falta de ideias, ou de plágio de ideias,
ou ainda de plágio de propostas que já estão a ser executadas pelo Governo de
Portugal.

Infelizmente, neste novo tempo que Portugal está a viver,
continuamos a ter o velho Partido Socialista. O Partido Socialista da
mentalidade que nos levou à bancarrota. O Partido Socialista que no dia 17 de
maio, os dois que hoje disputam a sua liderança, apresentaram na FIL 82
promessas aos portugueses. E nesta semana voltaram a apresentar dezenas de
promessas aos portugueses. É um Partido Socialista que apresenta promessas a
pataco porque acha que os portugueses estão desatentos e não compreendem a
demagogia que hoje reside para aqueles lados.

E é por isso, caros amigos e companheiros, que o PSD confia
no futuro. O PSD confia no futuro porque sabe que tem hoje a liderar o Governo
de Portugal um Primeiro-Ministro que nas horas críticas dá sempre a cara aos
portugueses pelas medidas mais difíceis.

Um Primeiro-Ministro que nas horas críticas não se esconde
atrás de nenhum Ministro ou Secretário de Estado.

Um Primeiro-Ministro que já o afirmou, e comprova com os
atos, que não vira as costas a Portugal, nem abandona os portugueses em
qualquer circunstância.

É um Primeiro-Ministro que dá garantias de estabilidade e
confiança a Portugal.

Caro amigo Pedro, se ser Primeiro-Ministro hoje é uma tarefa
muito exigente, e todos apreciamos a maneira determinada e corajosa como a tens
desempenhado, também é óptimo dizer que temos os militantes mais fantásticos do
país.

O PSD tem estado de forma solidária ao longo destes três
anos, por todas as terras por onde passamos, ao lado do seu líder. O PSD nunca
desmobilizou e tem revelado uma militância que nunca baixou os braços, uma
militância que quer defender o futuro de Portugal e não quer que Portugal volte
para trás.

E é por isso que estamos aqui hoje para começar um novo ano,
que será um ano de luta para chegarmos ao verão do próximo ano confiantes numa
vitória nas legislativas de 2015.

O Portugal positivo que nós representamos, estará presente,
neste ano, em todo o território. Andaremos, todos nós, deputados, membros do
Governo, vice-presidentes e vogais da Comissão Política Nacional, o
Secretário-Geral e a sua equipa, os nossos dirigentes distritais e de secção,
os nossos autarcas, a JSD e os TSD andarão no terreno permanentemente a
esclarecer aquelas que são as propostas demagógicas da oposição. Acima de tudo,
andaremos a explicar por Portugal o caminho que estamos a seguir e o desejo que
temos de continuar a servir Portugal de 2015 a 2019.

Temos esse desejo e julgamos ser merecedores de uma
confiança em 2015 que nos permita aplicar durante quatro anos o nosso programa
eleitoral ao contrário do que aconteceu agora, em que andámos a aplicar o
programa que o Partido Socialista nos deixou e um ano para aplicar parte do
programa eleitoral que tínhamos para o país.

Caros amigos, a nossa agenda é uma agenda de futuro. Neste
ano temos falado de natalidade. Ouvimos aí alguns partidos da oposição dizer
que esse é um tema menor, que não é um tema essencial.

Pode não ser um tema que dê votos mas o problema da
natalidade e sustentabilidade da nossa sociedade é um tema que interessa ao
futuro de Portugal e nós não nos mobilizamos por votos: nós mobilizamo-nos pela
responsabilidade de defender os interesses da sociedade portuguesa e de planear
o futuro para Portugal.

Mas também o tema da deficiência. Dentro daquilo que é a
nossa responsabilidade humanista, de olhar para os problemas da deficiência e tratar
muitos dos problemas que a deficiência atravessa em Portugal com a crise que
obviamente se fez sentir nas suas vidas.

Temos de encontrar soluções para o futuro, olhar para o
problema da deficiência de forma séria, frontal. Reconhecer que as incapacidades
são um problema que atinge muitas centenas de milhares de portugueses e que
temos um dever, como social-democratas, de trabalhar de forma solidária para os
resolver e de forma sustentada para garantir o futuro a esses portugueses.

Mas também estaremos a tratar das questões da coesão
territorial. O Ministro Poiares Maduro, que cumprimento e na sua pessoa todos
os membros do Governo aqui presentes, está a lançar o Programa Aproximar, um
programa de modernização da Administração Pública, de descentralização de
competências, um programa que visa aproximar os serviços públicos dos cidadãos,
que se adapta à realidade atual e que projeta o futuro numa lógica de serviço
ao cidadão.

Queremos também tratar das questões da economia social, da
economia verde. Não deixaremos de estar atentos às questões da agricultura e já
lançámos o roteiro do mundo rural.

Mas mais do que isso: há vários meses que andamos com o
roteiro do crescimento económico pelo país, e temos estado a trabalhar no
programa da reindustrialização de Portugal.

Em 2015 o tema do Turismo - e quero aqui saudar o Desidério,
a quem pedi o favor de nos acompanhar nesse trabalho - o roteiro do Emprego, o
roteiro das Áreas Urbanas, o roteiro da Coesão Social e o roteiro dos Recursos
Naturais estarão na primeira linha das preocupações do PSD.

Porque aqui pensa-se Portugal, aqui projeta-se o país, aqui
resolvem-se os problemas enquanto os outros nos criticam, atacam e obstruem
permanentemente o trabalho que está a ser feito pelo Governo de Portugal.

Caros amigos e companheiros, contámos com um PSD mobilizado,
um PSD que foi sempre corajoso nestes quarenta anos da sua História. No momento
em que comemorámos os quarenta anos do Partido Social Democracia, recordámos a
circunstância de que foi o PSD que trabalhou - também ao lado de outras forças
democráticas - pela implementação da democracia em Portugal, que lutou pela
liberdade, que lutou pelo desenvolvimento, foi o PSD que nestes quarenta anos
lutou pela coesão social.

E é em nome dessa liberdade, em nome desse desenvolvimento,
em nome dessa democracia que nós estamos aqui hoje e toleramos todo o tipo de
comportamentos mesmo aqueles que são antidemocráticos e que não respeitam uma
atividade legítima de um partido democrático, que está aqui no exercício do seu
direito.

 

Nós somos tolerantes, nós respeitamos, nós ouvimos, mas
acima de tudo nós lutamos por Portugal.

E nos próximos quarenta anos estaremos aqui a fazer aquilo
que sempre fizemos, a fazer aquilo que Pedro Passos Coelho tem feito de forma
exemplar ao longo destes anos de governação. Estaremos aqui a olhar por
Portugal mas, mais do que isso, estaremos aqui colocando sempre Portugal
acima  de tudo.

“Portugal acima de tudo” é o lema deste Partido e será o
lema dos próximos quarenta anos de história que teremos de construir todos em
conjunto.

Viva o PSD mas, acima de tudo, viva Portugal!»


Quarteira, 15 de agosto de 2014