Governo não está a pensar nos interesses dos estudantes

10 de maio de 2016
PSD

O Presidente do PSD defendeu hoje que, com o fim dos contratos de associação no ensino, o Governo não está a pensar nos interesses das famílias e dos estudantes mas em interesses corporativos e ideológicos.

"As famílias e os estudantes não têm culpa nenhuma de o Governo querer tomar decisões nesta matéria não a pensar nas famílias e nos estudantes mas a pensar, eventualmente, como já tive ocasião de dizer, noutros interesses, que não são os interesses gerais da comunidade, mas interesses muito definidos quer do ponto de vista corporativo quer ideológico", afirmou Pedro Passos Coelho aos jornalistas.

À saída de uma reunião com o Conselho Nacional de Educação, no final de um dia dedicado ao setor educativo, em que Pedro Passos Coelho visitou a Escola Frei Gonçalo de Azevedo e a Escola Salesiana de Manique, o líder da oposição disse não querer "acreditar que o Governo esteja a propor aos portugueses um tal retrocesso apenas porque está condicionado por uma força sindical, nem sequer é por um sindicato, ou por uma cegueira ideológica".

Pedro Passos Coelho sublinhou que o recurso a contratos de associação com o ensino particular e cooperativo para assegurar oferta pública de educação "não custa mais dinheiro ao Estado e aos contribuintes".

"Julgo que é manifesto que há interesses corporativos, há interesses que não são os dos estudantes, de certeza, nem das famílias, nem o interesse geral que está em causa nestas decisões. Se fosse, as coisas estariam a ser tratadas doutra maneira, com outra transparência, do ponto de vista técnico com outros dados a suportar estas decisões que nós não vemos, não seriam anunciados por parte do Estado incumprimentos", declarou.