“Governo já deu provas de conseguir liderar negociações e dossiers importantes em Bruxelas”

22 de abril de 2014
PSD

O Eurodeputado
Paulo Rangel disse esta segunda-feira, dia 21 de abril, que o Primeiro-Ministro
"bateu o pé a Merkel" na união bancária, defendendo que Portugal deve
igualmente estar "na vanguarda" no tratado de comércio com os EUA e
na "economia do mar".

Segundo o cabeça
de lista PSD/CDS nas eleições europeias de 25 de maio, o Governo português,
formado pela mesma coligação, assim como os eurodeputados dos dois partidos, já
deram provas de estarem "na vanguarda" e de conseguirem
"liderar" negociações e dossiês importantes em Bruxelas, referindo o
caso dos fundos europeus e da união bancária.

"Estivemos
na vanguarda, embora os nossos adversários queiram dizer outra coisa, da união
bancária. A pessoa, o primeiro-ministro que bateu o pé à senhora Merkel
[chanceler alemã] na união bancária foi o primeiro-ministro Passos Coelho,
contra tudo aquilo que para aí se diz", garantiu Paulo Rangel, que falava
em Ponta Delgada, na conferência "Açores 2020", organizada pela
candidatura da coligação "Aliança Portugal" (PSD/CDS).

Para o
eurodeputado, Portugal, tem "a moral de quem concordou antes e pode
discordar à vontade", sublinhando que foi "testemunha" de que a
posição do primeiro-ministro português quanto à união bancária "foi sempre
referida no Parlamento Europeu" pelos partidos da família do PSD e do CDS,
mas também pelos socialistas como uma "referência quanto àquilo que podia
ser feito".

"Portanto,
há agendas em que podemos liderar", sublinhou, apontando a "economia
do mar" e o tratado de comércio livre que a Europa está a negociar com os
EUA e o Canadá.

Rangel sublinhou
que a formar-se esta "espécie de mercado comum" entre os dois lados
do Atlântico e as duas regiões "mais ricas de longe do globo",
Portugal e os Açores passam de periferias e ultraperiferias europeias a
"país central" e a "região ultracentral".

Sublinhando que
mudará "radicalmente" a posição e a importância geoeconómica, geopolítica
e geoestratégica do país, considerou que, no entanto, este "tema
crucial" para os próximos 20 a 30 anos é "pura e simplesmente
ignorado" pelos "adversários" da coligação, que qualificou como
"candidatos do protesto e não do projeto".

Nesta
intervenção, Rangel apontou mais duas "prioridades" da candidatura
PSD/CDS: a garantia de que os Açores manterão o estatuto de região
ultraperiférica e de que há "consequências dessa classificação" e o
setor primário (agricultura e mar).

Neste último
caso, considerou que "o PS desistiu da agricultura" ao excluir da
lista às europeias deste ano Capoulas Santos e prometeu estar na "linha da
frente" pela busca de alternativas ao fim das quotas leiteiras, previstas
para 2015.

Por outro lado,
garantiu que o PSD tem um projeto para desenvolver "a economia azul"
ou "economia do mar", sublinhando que tem agora uma dimensão que
engloba não só as pescas, mas também a investigação, a exploração de recursos
naturais da nova plataforma continental ou o turismo.